6 livros clássicos para ler em 2023

Quantos livros você costuma ler durante um ano? Junto com o ano que se inicia, novas metas são criadas, e uma delas é, para muitos leitores, a iniciativa de começar a consumir mais livros ou criar uma lista com as obras desejadas para o ano como meta de leitura.

“O início de ano é sempre um pontapé para que se criem novos hábitos, novas metas e desejos para se cumprir durante o ano, e com a leitura acontece o mesmo. A lista de obras para serem lidas durante 2023 é uma abertura para aqueles que não sabem por onde começar, e também boas indicações para quem já tem o hábito de ler”, comenta Tomaz Adour, fundador e editor-chefe da Vermelho Marinho

Confira a lista do editor dos melhores clássicos para 2023: 

  • A ESCRAVA ISAURA – Bernardo Guimarães
    Um dos maiores clássicos da literatura brasileira, reconhecido mundialmente pela novela realizada um século depois, este romance de 1875 narra a história de Clara Isaura, moça inocente admirada por muitos e invejada pelas concorrentes. Fruto do desejo de Leôncio, herdeiro da fazenda onde vive, Isaura perde todas as esperanças de ser libertada, como a mãe de Leôncio havia prometido. Mesmo sofrendo a pressão de sua mulher Malvina, Leôncio faz de tudo para não libertar Isaura, inclusive rejeitando os dez contos de réis que Miguel, pai de Isaura, havia conseguido juntar com dificuldade para comprar a liberdade da filha. Mas este preço foi definido pelo pai de Leôncio, que não cumpriu a promessa quando do falecimento de seu pai. Sucesso de público e de crítica, esta história de amor, desejo e sofrimento é fundamental dentro da história da literatura brasileira do século 19.
  • A NOVA CALIFÓRNIA – Lima Barreto 
    Magnífica coleção de contos de Lima Barreto, onde a história que dá título ao livro narra as aventuras de um excêntrico pesquisador e químico, o Dr. Flanel, que abala a pequena cidade de Tubiacanga com seus poderes alquímicos de transformar ossos em ouro. Uma obra fundamental para descobrir o talento de um dos maiores escritores da literatura brasileira.
  • GIOVANINNA – Affonso Celso
    Giovanna, publicado em 1896, é um romance diferente do habitual. Dividido em oito quadros, narra a história da família da protagonista que abandona a Itália para tentar uma vida melhor no Brasil, Os quadros vão desde a vida difícil e a saída da Itália passando pela travessia do Atlântico e a chegada ao Brasil. Os quadros são todos compostos por diálogos, dando um ritmo ágil à narrativa, quase como se fosse uma peça de teatro.
  • AS DOUTORAS – França Júnior
    Uma das peças mais importantes de França Júnior, As Doutoras foi encenada pela primeira vez em 1889. Em um período de valorização das mulheres, que haviam sido autorizadas 10 anos antes a estudar nas universidades, com o consentimento dos pais, se solteiras, ou dos maridos, se casadas, a peça narra a história de Luísa e Carlota, duas mulheres que ingressaram no ensino superior. 
  • A CARNE – Júlio Ribeiro
    Publicado em 1888, é o romance mais conhecido de Júlio Ribeiro, considerado a sua obra-prima. Conta a ardente paixão entre a jovem Lenita e o engenheiro de meia-idade Manuel, filho do coronel Barbosa. O livro provocou escândalo por abordar temas como amor livre, divórcio e um novo papel da mulher na sociedade, algo que era ignorado na literatura da época. É um livro sobre a sexualidade humana.
  • A VIDA E A MORTE DE M.J GONZAGA DE SÁ – Lima Barreto 
    O livro começa com uma explicação de Lima Barreto de que recebeu a obra das mãos do jovem Augusto Machado, datada de 1906, e que conta a vida do excêntrico Gonzaga de Sá, superior seu na repartição e que se tornaria um mentor das coisas importantes da vida, em diversas conversas e passeios por um Rio de Janeiro em crescimento acelerado ao estilo europeu, com as diferenças sociais que isso acarretaria até hoje. Com um teor engraçado e muitas vezes melancólico, o livro termina com a morte de Gonzaga de Sá, que acaba se arrependendo de ter sido uma pessoa livre e nunca ter encontrado o amor de Vênus para fazer-lhe companhia principalmente em sua solidão final, acompanhado sempre de perto pelo jovem Machado.

Sobre a Editora Vermelho Marinho: Sediada no Rio de Janeiro, publica desde obras contemporâneas a clássicos inéditos ou há muito tempo fora de catálogo no Brasil. Há mais de 8 anos tem o selo “O Melhor de Cada Tempo”, que visa publicar obras em domínio público que foram grandes sucessos em sua época, e que não têm edições brasileiras atuais, ou nunca tiveram. É a única editora a redescobrir autores/clássicos esquecidos, reconhecendo sua importância para a sociedade e demonstrando como temas centenários ainda estão presentes em nossa sociedade. Além dos 1200 títulos clássicos prontos para serem lançados, a editora ainda tem mais de 10.000 volumes de livros esquecidos que estão sendo atualizados com o novo acordo ortográfico para serem publicados nos próximos anos.