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8 estratégias para a elaboração de um bom pré-projeto de pesquisa de mestrado ou doutorado

A elaboração de um Projeto de Pesquisa é uma das etapas de um processo seletivo de mestrado ou doutorado. Mesmo alguns estudantes da graduação precisam de um projeto de pesquisa em algum momento do curso superior. O pré-projeto nada mais é do que um planejamento da pesquisa acadêmica que será entregue, e a estrutura pode variar conforme o edital do programa de pós-graduação ou da universidade pretendida.

Sabendo das dificuldades que muitos enfrentam para escrever seu pré-projeto de pesquisa deve-se seguir um roteiro básico para organizar a estrutura do conteúdo. Em geral, os projetos de pesquisa apontam a delimitação do tema e do problema de pesquisa, justificativas, metodologia sugerida, objetivos gerais e específicos, resultados esperados, revisão bibliográfica e previsão de cronograma. O exigido em um projeto pode mudar dependendo do programa e do edital. Confira oito estratégias para elaboração de um bom projeto a partir da orientação de Vilso Santi, professor do mestrado em Comunicação da UFRR:

1 – Delimitar o tema da pesquisa de acordo com com o escopo do programa de pós graduação:

A delimitação do recorte temático de pesquisa pode ser motivado pela sua própria curiosidade enquanto pesquisador. Contudo, quando se pensar na pesquisa, as áreas de concentração e as linhas de pesquisa do edital do programa de pós graduação devem ser consideradas na delimitação do tema. Por isso, é indicado que o candidato conheça o curso de mestrado ou doutorado no qual tem interesse. Em geral, propostas de pesquisa fora do escopo do programa podem sofrer resistência para serem aceitas. “Para serem criados os programas têm que definir uma área de concentração e uma linha de pesquisa, e os projetos de pesquisa dos candidatos da seleção têm que dialogar com essas áreas de concentração”, explicou Vilso Santi.

2 – O Projeto de Pesquisa deverá estar articulado aos projetos desenvolvidos pelos orientadores:

Antes de definir e delimitar o tema do seu pré projeto de pesquisa, é importante considerar quais os trabalhos desenvolvidos pelos professores do curso de pós graduação ao qual você pretende concorrer. Será muito difícil entrar em um mestrado ou doutorado com um estudo muito distante do perfil dos docentes pesquisadores. “É importante pesquisar os currículos de seus possíveis orientadores e suas especialidades. É o conjunto de suas especialidades que forma a área de concentração e as linhas de pesquisa do programa de pós graduação”, esclareceu Vilso Santi.

Por isso, procure conversar com os professores do curso pretendido, procure a lista de pesquisadores no site da instituição desejada. Entre em contato através do email e procure conhecer mais sobre o histórico e atuação desses docentes.

3 – Siga todas as etapas solicitadas no edital:

Todas as etapas solicitadas no edital devem obrigatoriamente ser seguidas na estruturação do projeto de pesquisa. Alguns editais podem trazer instruções para escrever o projeto e informam quais itens são obrigatórios no texto. Além disso, os editais citam a formatação que deve ser seguida. As informações mais solicitadas incluem: introdução, metodologia, referencial teórico e referências bibliográficas. Sobre a formatação, os projetos costumam seguir as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e ter em média 10 páginas.

4 – Buscar referências confiáveis e atuais:

Alguns programas de pós-graduação indicam textos para leitura que podem aparecer no texto do projeto de pesquisa. É importante considerar essas referências, já que elas estão no edital devido sua proximidade com as áreas de concentração do programa e também por indicação dos docentes vinculados ao curso e, possivelmente, seus futuros orientadores. Além disso, uma boa escolha de referências demonstra a relevância da pesquisa e auxilia na argumentação proposta no projeto. “Prefira artigos mais atuais e bem conceituadas pela Capes, evite referências vagas ou que não sejam publicados em periódicos avaliados”, contou Vilso Santi..

5 – Elabore problemas claros e objetivos:

A elaboração de um ou mais problemas que, no início, vão guiar o estudo é uma das etapas constituintes para o desenvolvimento de um bom projeto de pesquisa. Alguns têm a tendência a confundir o tema e o problema. O tema é a proposta, mas tem de ter um questionamento específico para ser respondido com o desenrolar da pesquisa.

Ao indicar o problema, ou seja, as perguntas que fazem com que sua pesquisa seja necessária e válida, o pesquisador também chega mais perto da definição dos objetivos. “Mesmo depois da elaboração do problema, você deve questioná-lo e identificar sua clareza e objetividade”, apontou o docente.

6 – Aponte objetivos gerais e específicos:

Defina o objetivo do estudo, qual o principal foco da investigação proposta no projeto. Com base nisso, crie o objetivo geral que nada mais é que o tema precedido de um verbo no tempo infinitivo. Em sequência, crie os objetivos específicos, que são as etapas que precisam ser cumpridas para realizar o objetivo central. O objetivo deve estar ligado à lacuna de conhecimento apresentada e que pretende ser respondida na pesquisa.

7 – Desenvolva uma metodologia coerente com seus objetivos:

Nesta etapa deve ser descrito o tipo de pesquisa que será realizada para alcançar o resultado proposto. Deve-se incluir as fontes, processos e as principais ferramentas utilizadas. A metodologia pode ser classificada quanto sua finalidade, objetivos, abordagem, métodos ou procedimentos. “Nela devem ser informadas quais são os tipos de pesquisas e os motivos pelos quais você escolheu”, disse.

8 – Desenvolver um cronograma viável com clareza no tempo de desenvolvimento da pesquisa:

Os programas de pós graduação exigem a elaboração de um cronograma de atividades. Nessa seção serão colocadas as etapas de sua pesquisa. Inclua leituras, fichamentos, pesquisas em campo relacionadas à sua metodologia de pesquisa considerada no projeto. Essas atividades podem ser desenvolvidas em 24 meses, no caso do mestrado, ou em 48 no doutorado. O aluno deve considerar que o período não será dedicado somente à escrita da dissertação ou tese, mas também da participação de congressos, organização de eventos científicos e outras atividades.