Com menos de dois anos em funcionamento, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Boa Vista (APAE), tem cerca de 300 famílias cadastradas e 110 atendidos nas áreas da saúde e educação. Destas, 13 são pacientes venezuelanos que procuraram a instituição e recebem a atenção necessária.
De acordo com o presidente Bruno Perez, os imigrantes foram chegando por indicação e como os casos exigiam atenção especial, essas pessoas foram acolhidas. “São crianças e adolescentes que não teriam chance de receber atendimento tão cedo. Como sabemos da crise migratória, não poderíamos deixar de receber esses pacientes que não tinham assistência na Venezuela”, falou.
Os venezuelanos atendidos pela APAE têm síndrome de down, paralisia cerebral, autismo e outras deficiências. Eles são recebidos semanalmente nas especialidades de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia – que também envolve os pais. Alguns ainda têm a chance de serem inseridos na educação especial.
“Recebemos os imigrantes na associação há mais de um ano. Em 2018 nós conseguimos encaminhar pacientes que estavam cadastrados na APAE Boa Vista e que haviam sido incluídos no Programa de Interiorização. Atualmente um está na APAE Rondônia e outro em Santa Catarina. Além desse caso, conseguimos acolher um paciente aqui em Boa Vista após uma solicitação vinda do Mato Grosso do Sul”, lembrou Bruno Perez.
Paralelo aos atendimentos de saúde e educação, a APAE tem assistência social e assessoria jurídica. Nesses casos, os profissionais atuam apoiando as famílias que necessitam de ajuda e orientações. De acordo com a assistente social Rosana Lopes, existe uma carência de atendimentos muito grande em Boa Vista e que a associação surgiu com uma luz para essas pessoas que não tinham atenção especializada. “Estamos cumprindo nosso papel social. A evolução dos atendidos é uma recompensa para todos nós”, comemorou Rosana.
Fonte: Ascom/Apae