Política nacional estimula desenvolvimento de crianças com necessidades educacionais especiais

No ano de 2008, o Ministério da Educação dirigiu um olhar diferenciado para a Educação Especial em todo o Brasil. Momento em que foi implantado a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Boa Vista é hoje um dos 160 municípios pólos do programa e tem buscado implementar em toda a rede o Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Prova disso, é que todas as escolas urbanas da rede hoje possuem Salas de Recursos Multifuncionais, materiais pedagógicos e profissionais capacitados para o atendimento. Hoje, cerca de 920 alunos são atendidos nestas salas, destes, 476 são público-alvo da educação especial, ou seja, possuem alguma deficiência: física, intelectual, auditiva, visual e transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades. Ou ainda as que possuem a superdotação.

É na Sala de Recursos Multifuncionais que são trabalhadas, individualmente, as dificuldades de cada aluno deficiente, onde são atendidos no contraturno, duas ou três vezes na semana. O local é equipado com uma variedade de materiais didático-pedagógico que viabilizam o desenvolvimento das crianças nos aspectos cognitivo, afetivo, social e motor. Tem recursos em braille, libras, diversos jogos educativos como dominó, quebra-cabeças, tapete alfabético, jogos de memória e muito mais.

Tem ainda as salas tipo II, equipadas em escolas que atendem alunos com deficiência visual. Materiais como impressora braille, máquina de datilografia braille, reglete de mesa, punção, soroban, kit de Desenho Geométrico fazem parte do material pedagógico.

Para Anne Caroline Fonteles, professora do AEE na Escola Municipal Branca de Neve, o atendimento consiste em alguns momentos cruciais que antecedem a inserção do aluno na Sala Multifuncional. O primeiro passo é uma reunião com os pais para conhecer o histórico da criança, logo após é elaborado um estudo de caso para avaliar a situação e depois é montado um plano de atendimento individual. “Verificamos as especificidades de cada problema. Qualquer que seja a deficiência colocamos à sua disposição objetos que possam trabalhar mais a área específica. No caso de crianças deficientes visuais e auditivos trabalhamos o braille ou a libras respectivamente. Sempre digo que essa é uma das fases mais importantes porque estamos preparando eles para os desafios futuros, para a vida escolar do Ensino Fundamental e Médio e para a vida social” frisou a professora.

A servidora pública, Ana Késia Meira, 30, é mãe do pequeno Alan Felipe, de 4 anos,  matriculado na Escola Municipal Branca de Neve. O menino foi diagnosticado com hiperatividade e estrabismo além da suspeita de autismo. A mãe confidenciou que sua maior aliada no desenvolvimento do seu filho é a escola. “É confortável saber que o Alan está sendo bem acompanhado. Sem dúvidas o problema dele está sendo compensado e bem assistido pela escola”, disse ela.

Josélia Grudtner, gestora da unidade, explicou que muitas vezes as pessoas confundem o real papel da sala multifuncional. “O espaço contribui muito para aprendizagem das crianças, mas é bom lembrar que a sala não alfabetiza. Pode acontecer de a criança ser alfabetizada por causa do trabalho que está sendo feito, mas o objetivo mesmo é sanar as dificuldades e certas limitações que na sala comum não é possível”, explicou.

 

 

Fonte: secretaria municipal de Comunicação