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Sonora Brasil abre espaço para música feminina e indígena

O Sonora Brasil chega à sua 22ª edição com números que justificam o título de maior projeto de circulação musical do país: já alcançou 750 mil pessoas, com 6.098 concertos, de 85 grupos, em mais de 150 cidades brasileiras. Ao todo, 431 músicos já se apresentaram no circuito, que a cada biênio aborda duas temáticas diferentes e promove a circulação dos artistas por todas as regiões brasileiras. Em 2019/2020 os temas apresentados serão “Líricas Femininas – A presença da mulher na música brasileira” e “A Música dos Povos Originários do Brasil”. Em Boa Vista, o projeto será realizado entre os dias 7 e 10 de agosto, na Sede Administrativa do Sesc – centro.

          Uma curadoria formada por profissionais do Sesc de todo o país é responsável pela escolha dos temas e grupos que integram a programação do Sonora Brasil. O tema “A Música dos Povos Originários do Brasil” será apresentado por meio de quatro circuitos, com dois grupos diferentes em cada, mostrando um pouco da diversidade musical e estética dos povos indígenas. Os circuitos são compostos pelos grupos tradicionais: Teko Guarani, do povo Mbyá-Guarani (RS) e Nóg gã, Kaingang (RS); Dzubucuá, do povo Kariri-Xocó (AL) e Memória Fulni-ô, Fulni-ô (PE); Opok Pyhokop, do povo Karitiana (RO) e Wagôh Pakob, do Paiter Surui (RO); e pelo grupo Wiyae que reúne os trabalhos da artista indígena Djuena Tikuna (AM) e da cantora e pesquisadora Magda Pucci (SP) do grupo Mawaca.

          Já o tema “Líricas Femininas – A presença da mulher na música brasileira” busca dar visibilidade à produção das mulheres, que por muito tempo foi pouco reconhecida. Ao todo serão 14 artistas, compositoras e intérpretes que apresentarão ao público em quatro circuitos os programas compostos exclusivamente por obras de compositoras e letristas brasileiras reunidas especialmente para o Sonora Brasil.

          Até o fim de 2019, os 63 artistas dos dois temas farão 350 apresentações, em 97 cidades. O tema “Líricas Femininas” circulará pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste enquanto o tema “A Música dos Povos Originários do Brasil” seguirá pelas regiões Norte e Nordeste. No ano seguinte os grupos invertem as regiões fazendo com que todos circulem por todo o país.

Sobre os temas:

Líricas Femininas – A presença da mulher na música brasileira

Por meio de uma abordagem cronológica, asLíricas Históricas apresentarão repertório com a obra e a história de compositoras representantes de várias fases da música brasileira. O grupo é formado por Gabriela Geluda, Anastácia Rodrigues, Priscilla Ermel e Vanja Ferreira.

Líricas Modernas abordarão repertórios da atualidade, com estética próxima da música popular, valorizando a experimentação e o uso de recursos expressivos inovadores, especialmente na voz. O grupo é formado por Lucinah, Badi Assad e ReginaMachado.

Líricas Negras apresentará repertório ligado às tradições afro religiosas e obras que remetam aos elementos estéticos da cultura africana, somando vozes de resistência a elementos percussivos. O grupo é formado por Geórgia Câmara, Negravat, Rosa Reis e Vanessa Melo.

Líricas Transcendentes apresenta repertório relacionado às tradições musicais do meio rural, considerando o uso da música como meio de comunicação com as divindades. O grupo é formado por Déa Trancoso, Ceumar e Cátia de França.

Música dos Povos Originários do Brasil

A música é um dos elementos mais ricos da cultura e arte indígena e uma porta de entrada privilegiada a um universo tão diversificado ainda desconhecidoO tema A Música dos Povos Originários do Brasil será apresentado por meio de quatro circuitos, com dois grupos diferentes em cada, mostrando um pouco da diversidade das manifestações sonoras indígenas, presentes em ritos e festejos. Comcantos, danças e instrumentos de cordas, sopro e percussão, três circuitos trazem grupos tradicionais,apresentando suastradições culturais e cotidiano das aldeias. O circuito Wiyae apresentará um repertório de arranjos elaborados com utilização deinstrumentos musicais não indígenas e  o trabalho composicional e artístico  de uma indígena da atualidade, mostrando as novas perspectivas sobre identidade cultural desses povos.

Confira a programação completa:

Espetáculo Musical: Grupo Dzubucuá Do Povo Kariri-Xocó (AL)

Dia: 07/08/2019

Horário: 16h

Local: Sesc Sede Administrativa – Rua Doutor Araújo Filho, 947 – Centro

Entrada: 1(um) kg de alimento não perecível

Classificação: Livre

Sinopse:  Os Kariri-Xocó vivem na região do Baixo São Francisco em Alagoas e, em 2010, somavam cerca de 2000 indivíduos. Música tradicional dos Kariri-Xocó, o toré é um ritual indígena mágico-espiritual que envolve performance corporal e música.

Espetáculo Musical: Grupo Memória Fulni-Ô Do Povo Fulni-Ô (PE)

Dia: 07/08/2019

Horário: 16h

Local: Sesc Sede Administrativa – Rua Doutor Araújo Filho, 947 – Centro

Entrada: 1(um) kg de alimento não perecível

Classificação: Livre

Sinopse: As músicas tradicionais do povo fulni-ô são o toré e a cafurna. O Toré é um ritual sagrado, cântico coletivo vocalizado sem letra, sendo o único canto que usa instrumentos de sopro junto à percussão e que, segundo seus praticantes, é o mais antigo dos Fulni-ô.

Espetáculo Musical: Grupo Wagôh Pakob Do Povo Paiter Surui (RO)

Dia: 08/08/2019

Horário: 16h

Local: Sesc Sede Administrativa – Rua Doutor Araújo Filho, 947 – Centro

Entrada: 1(um) kg de alimento não perecível

Classificação: Livre

Sinopse: Os Paiter Surui vivem em Rondônia, na terra indígena Sete de Setembro é constituído atualmente por uma população de aproximadamente de 1500 pessoas pertencentes às linhagens clânicas: Gãmeb (marimbondo preto), Gãpgir (marimbondo amarelo), Makor (taboca) e Kaban (fruta azeda mirindiba).

Espetáculo Musical:  Grupo Opok Pyhokop Do Povo Karitiana (RO)

Dia: 08/08/2019

Horário: 16h

Local: Sesc Sede Administrativa – Rua Doutor Araújo Filho, 947 – Centro

Entrada: 1(um) kg de alimento não perecível

Classificação: Livre

Sinopse: A música tradicional do povo Karitiana é fortemente relacionada ao sagrado. Os anciãos são enfáticos nas orientações sobre a execução dos cânticos de proteção e de aplicação de remédios pelo pajé, que, por exemplo, devem ser cantados sempre da mesma forma e sem os instrumentos de sopro.

Espetáculo Musical:  Grupo Teko Guarani Do Povo Mbyá-Guarani (RS)

Dia: 09/08/2019

Horário: 16h

Local: Sesc Sede Administrativa – Rua Doutor Araújo Filho, 947 – Centro

Entrada: 1(um) kg de alimento não perecível

Classificação: Livre

Sinopse: o Grupo Teko Guarani está localizado na Aldeia Tekoa Anhetenguá na Lomba do Pinheiro em Porto Alegre, onde vivem 16 famílias Mbyá-Guarani.  É um coral infantojuvenil que tem por característica a força e o brilho vocal. Utilizam o mbaraká (violão) com cinco cordas, cada corda representa uma divindade Mbyá: Tupã, Kuaray, Karaí, Jakairá e Tupã Mirim.

Espetáculo Musical: Grupo Nóg Gã Do Povo Kaingang (RS)

Dia: 09/08/2019

Horário: 16h

Local: Sesc Sede Administrativa – Rua Doutor Araújo Filho, 947 – Centro

Entrada: 1(um) kg de alimento não perecível

Classificação: Livre

Sinopse: O Grupo é composto por indígenas de diversas aldeias Kaingang da região de São Leopoldo no Rio Grande do Sul. Os Kaingangs habitam o Sul e Sudeste do Brasil há séculos. A população é composta atualmente por, aproximadamente, 30 mil pessoas que habitam cerca de 30 diferentes áreas nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Através das pinturas corporais, utilizando linhas e/ou formas circulares, é possível identificar quem são os Kamé (marcas compridas) e os Kairú (marcas arredondadas).

Espetáculo Musical: Grupo Wiyae

Dia: 10/08/2019

Horário: 16h

Local: Sesc Sede Administrativa – Rua Doutor Araújo Filho, 947 – Centro

Entrada: 1(um) kg de alimento não perecível

Classificação: Livre

Sinopse: O grupo Wiyae, que significa canto na língua Tikuna, foi criado especialmente para o projeto Sonora Brasil. No repertório, além de músicas do povo Tikuna, estão composições próprias e músicas de outros povos indígenas recolhidos em pesquisas, que serão apresentadas a partir de recriações e arranjos artísticos.

Fonte: Ascom