Pela quarta vez, o Núcleo de Arquitetura Moderna da Amazônia (Nama) coloca em prática mais uma edição de uma de suas ações voltadas para a documentação, divulgação e preservação da arquitetura moderna na Amazônia Legal. Dessa vez, a Universidade Federal de Roraima (UFRR) será a anfitriã do 4º Seminário de Arquitetura Moderna na Amazônia (Sama), que será realizado no período de 20 a 22 de agosto, no auditório do CAF (Centro Amazônico de Fronteiras).
A programação do evento terá desde exposições, conferências, mesas redondas, lançamento de publicações com a participação de pesquisadores convidados e o Sama-Tour, que é um roteiro com visitas guiadas às obras icônicas da arquitetura moderna em Roraima. Para participar das três conferências do Seminário, foram convidados profissionais renomados como o professor Hugo segada da Universidade de Paulo (USP), professor José Afonso Portocarrero, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Jussara Derenji, de Belém (PA), uma das primeiras arquitetas a escrever livros sobre a arquitetura nortista.
A coordenadora do curso de Arquitetura, Graciete Guerra da Costa, explica que a finalidade do encontro é estudar a arquitetura moderna da Amazônia bem como inventariar o que ainda não foi estudado e alguns edifícios que já estão com estudos em andamento. “Em Boa Vista, por exemplo, nós precisamos escrever e publicar livros, em revistas, sobre essa arquitetura moderna aqui na Amazônia. E nós [UFRR], como instituição pública, temos essa obrigação, de fomentar e de oferecer esse tipo de encontros com a presença de profissionais de vários lugares do Brasil, o que vai propiciar uma troca de conhecimentos com as outras universidades”, ressalta.
Ela explicou que as atividades do Sama vão acontecer durante todo dia. As apresentações dos trabalhos científicos inscritos por alunos e professores serão no horário da tarde. A noite está destinada para as conferências, palestras e mesas redondas. Já no horário da manhã estão previstas as visitas guiadas. Dos edifícios que serão visitados em Boa Vista estão a Rodoviária Internacional de Boa Vista, projeto do arquiteto Severiano Mario Porto, o Fórum Sobral Pinto, também do arquiteto Severiano, a Praça do Centro Cívico, projeto de Darcy Aleixo, engenheiro criador do traçado moderno de Boa Vista, além do Parque Anauá e a escola de Música.
XAMA
Dentro da programação do Sama, ocorre desde o dia 31 de julho, no foyer do Teatro Municipal de Boa Vista, a Exposição de Arquitetura Contemporânea na Amazônia (Xama). A exposição itinerante está percorrendo os estados da Amazônia Legal, e aqui em Roraima ficará até o dia 25 de agosto, logo depois do encerramento do Seminário.
O tema do Xama deste ano vai retratar ‘30 anos em 30 obras. De Roraima, as fotos de dois edifícios foram selecionados: o prédio do Conselho Regional de Medicina (CRM), de Pedro Paulo Cordeiro, e o Espaço Comercial, projeto por Márcio Baraúna, professor da UFRR.
A edição de Boa Vista foi organizada pelas curadoras Cláudia Nascimento e Graciete Guerra, professoras de arquitetura da UFRR, além da colaboração do staff do evento em Boa Vista que tem contado com o apoio de 40 estudantes de arquitetura.
A realização do Sama e do Xama em Roraima tem o apoio co Conselho Regional de Arquitetura (CAU), do Conselho Regional de Engenharia (Crea), a Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea (Mútua/RR), Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e a Prefeitura Municipal de Boa Vista, além da empresa RC Engenharia.
