Alunos da Estácio fazem pesquisas e avaliam mobilidade urbana em Boa Vista

Os acadêmicos do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Estácio da Amazônia deixaram a sala de aula e foram para rua ouvir a população e verificar in loco como está a questão da mobilidade urbana na cidade de Boa Vista, em vários pontos da Capital. As atividades começaram nesta segunda-feira (23), quando teve início a programação da Semana de Sustentabilidade e Responsabilidade Social na Estácio.

Os alunos são das disciplinas de Mobilidade urbana e Sistema de transporte. Eles se dividiram em grupos e vários locais de Boa Vista serão vistoriados ao longo de cinco dias, como o miniterminal de ônibus Luiz Canuto Chaves, trechos urbanos da BR-174, avenidas com grandes tráfegos de veículos e pedestres, além das praças públicas.

A coordenadora de extensão e estágios do curso de Engenharia da Estácio, Geny da Silva Bazerra, explica que o resultado de todas as atividades realizadas essa semana será consolidado por grupo e apresentado no Encontro de Iniciação Científica, marcado para novembro. “O grande objetivo do projeto é verificar como a nossa cidade se encontra em termos de mobilidade urbana e acessibilidade. As análises e avaliações serão transformadas em artigos para divulgação”, informa.

Uma das iniciativas dos alunos visa verificar a questão da acessibilidade nos espaços públicos de grande movimentação de pessoas como o miniterminal e praças da cidade. “Nesses lugares, os alunos checam se as rampas estão de acordo com as normas, se os banheiros estão dentro do que preconiza o regulamento ou se os cadeirantes conseguem se locomover naquele espaço”, detalha.

Nas praças da cidade, os estudantes de Engenharia avaliam se as rampas estão realmente aptas e preparadas para um cadeirante utilizar. “Verificam se existe algum empecilho para subir com uma cadeira, se corre o risco de cair, ou se a movimentação não condiz com as normas”, completa a coordenadora.

Um segundo grupo de alunos está realizando pesquisas em vários pontos da cidade para apurar a possibilidade de instalação de semáforos sonoros. A ideia, segundo a professora, é colaborar com as pessoas que possuem deficiência visual. “Portanto, os alunos analisam as necessidades, a importância e quais seriam os impactos negativos e positivos que isso pode causar”, explica.

Estudantes avaliam propostas para mudanças no trânsito em Boa Vista

Dentro das atividades dos alunos está a questão da dificuldade de locomoção da população, que pode ser amenizada com a implantação de medidas para melhorar o tráfego de veículos e pedestres na cidade. Para isso, uma turma de estudantes de Engenharia está aplicando pesquisa junto aos moradores e trabalhadores da avenida Eduardo Gomes, no trecho entre o Detran e o Hospital Geral de Roraima (HGR).

A proposta do grupo é estudar a possibilidade de implantação de uma passarela para pedestres na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, na altura do Detran, onde o fluxo de veículos e pedestres é intenso no horário comercial. “Eles estão aplicando questionários junto à população que trafega por ali, tanto pedestres como motoristas de veículos”, afirma Geny da Silva.

Também é objeto de pesquisa dos alunos de Engenharia a possibilidade de implantação de uma rotatória na BR-174, na saída da cidade, sentido Manaus. O ponto específico seria antes de chegar à entrada do bairro Raiar do Sol. “Os pedestres que moram no entorno daquele trecho sentem muita dificuldade para atravessar a avenida e pegar um ônibus. Como parar para atravessar a rua? Existe hoje um redutor de velocidade, mas nem sempre atende”, observa.

Por fim, os estudantes da Estácio fazem uma pesquisa junto à população sobre os impactos das ciclovias para a cidade. “O que a população tem sentido? Como os ciclistas avaliam? Ou seja, os alunos foram para a rua ouvir moradores e pessoas que utilizam as faixas. A meta é levantar essas informações e desenvolver projetos apresentando soluções específicas para cada caso”, conclui.