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Entidades fazem manifestação contra hidrelétrica com caminhada ecológica no Bem Querer

Há quase 10 anos foi criado um movimento em Roraima para mobilizar organismos, instituições e sociedade de um modo geral para lutar contra a construção da hidrelétrica do Bem Querer. As manifestações continuam e neste sábado (5) mais um capítulo de luta contra o projeto vai acontecer com uma caminhada ecológica, marcada para começar às 9h. A saída será da vicinal do Bem Querer e seguira até as corredeiras do Bem Querer.

Para o coordenador das Pastorais Sociais da Diocese de Roraima, irmão Marista Damilo Correia Bezerra, a iniciativa vai enfatizar mais ainda as alternativas de energia para o estado.  “Queremos de fato, mais do que dizer um ‘não’ a Hidrelétrica do Bem Querer, é dizer um ‘sim’ a alternativas de energia, como eólica e solar”, ressalta.

Ele afirma ainda que a mobilização popular, a partir da organização das pessoas, é possível, sim, conseguir evitar a construção de uma hidrelétrica e buscar novas alternativas de energia. “Por que construir uma hidrelétrica, sendo que a construção vai trazer prejuízos para a nossa Amazônia e nosso estado? Por que não pensar na energia eólica, na energia solar? Vamos continuar questionando e reivindicando mudanças”, completa.

Para Ciro Campos, membro do Movimento Puraké, depois de tantos anos de mobilizações hoje é possível perceber um aumento no número de moradores de Roraima preocupados com construção da hidrelétrica. Segundo ele, não por acaso, uma vez que o Rio Branco é o “maior tesouro de Roraima”. “É de onde vem a água que a gente precisa para nossa vida, para o nosso dia a dia, é para hoje e para sempre”, explica.

Ele continua, afirmando que a conscientização de vários segmentos da sociedade de Roraima apontam para uma força cada vez maior para outras fontes de energia. “E que o rio Branco pode continuar sendo nosso maior patrimônio ambiental, bem cuidado sem uma barragem, livre, e por isso é tão importante essa caminhada ecológica”, completa.

DIA DE SÃO FRANCISCO

De acordo com Damilo Bezerra, a escolha dessa data para celebrar uma caminhada em defesa da vida, a luta pelo Rio Branco e a proteção da Amazônia, acontece após o Dia de São Francisco de Assis (4 de outubro) e um dia antes do início do Sínodo para a Amazônia, no domingo (6). “Queremos com essa caminhada estar em sintonia com Francisco de Assis, um homem que de fato amou a criação, irmão de toda a criação, e em comunhão com o Sínodo da Amazônia, que vai reunir o Papa Francisco, bispos religiosos, padres e leigos em torno da causa Amazônia”, explicou.

Ele informou que a caminha ecológica está sendo organizada pelas pastorais sociais da Diocese de Roraima, Rede Eclesial Panamazônica – Comitê de Roraima, o Movimento Puraké, Movimento Bandeirantes, além dos diversos sindicatos de trabalhadores que também estão nessa luta contra a construção da hidrelétrica.

Por Alexsandra Sampaio

Equipe EducaRR