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Projeto vai reaproveitar restos de plásticos para novas impressões em 3D

Uma escola de robótica para crianças, que funciona há pouco mais de um ano em Boa Vista será a beneficiada pelo projeto de pesquisa que o estudante de Engenharia Elétrica da UFRR( Universidade , Erick Carvalhal, está desenvolvendo dentro do Programa Bolsa de Inovação Tecnológica (Biterr 2019).

As pesquisas do aluno são voltadas para o desenvolvimento de um equipamento que vai reaproveitar e reciclar o material descartado das impressoras 3D da empresa Masterbots. A ideia inicial é o reaproveitamento para evitar o descarte de material plástico, prejudicial ao meio ambiente, e ao mesmo tempo reduzir custos da empresa com a utilização de material reciclado.

Segundo Erick, normalmente essas peças ou são armazenadas ou descartadas no lixo, um procedimento hoje considerado inadequado “porque são restos de impressões, plásticos, que são recicláveis”. “É um descarte muito grande, inclusive de peças inteiras que ficavam com algum defeito no processo técnico e a peça sai com falhas. Comecei a juntar essas peças porque sabia que aquele plástico poderia ter um uso futuramente”, conta.

O estudante de Engenharia conta que o equipamento que está desenvolvendo vai triturar as peças descartadas por falhas ou restos de material, utilizando uma broca de arco de curva. As impressoras 3D utilizam filamentos de plástico no lugar da “tinta”, usada nas máquinas tradicionais. No projeto de Erick, o plástico triturado sairá no modo filamentos reciclados, prontos para novas impressões.

O professor-orientador de Erick, Renato Laureano Sá, explica que para o desenvolvimento de qualquer processo na área da engenharia elétrica exige dos alunos conhecimentos não só nessa área específica, como é necessário agregar estudos e habilidades de outras atividades.

Hoje a proposta da engenharia é desenvolver projetos que possam solucionar problemas existentes no cotidiano das pessoas. Com o avanço das tecnologias, esses alunos podem ter tanto acesso a circuitos eletrônicos, montar um circuito, programar e podem também, agora com a difusão da impressora 3D, desenvolver pequenas peças para montar um produto. No caso do Ercik, ele consegue juntar todas essas áreas [programação, trabalha na confecção de algumas peças e também com componentes eletrônicos]”, ressalta.

Sobre a participação no Biterr, o professor acredita que a oportunidade é extremamente importante para os dias atuais, da era da informação e da globalização, que obriga os profissionais a se capacitarem interruptamente. “Há algumas décadas o ensino era restrito a um conteúdo apenas teórico e quando chegava o mercado de trabalho, o recém-formado teria que aprender algumas coisas específicas daquele ramo para atuar naquela área. Hoje em dia está tudo à mão e possibilita ao estudante correr atrás, se tiver interesse”, observa.

Erick concorda e acredita que oportunidades como essa contribuem para que saia da faculdade um profissional diferenciado. “Porque estamos fazendo algo prático, com base em uma necessidade real do mercado, aplicando os conhecimentos acadêmicos e outras informações que buscamos sozinhos para chegar ao produto final”, avalia.