PRÊMIO INNOVARE Escola Olavo Brasil é finalista com projeto sobre inclusão de estudantes venezuelanos

“Duas Culturas e uma nação”. Este é o tema do projeto desenvolvido pela Escola Estadual Olavo Brasil Filho de Boa Vista que foi classificado na 16ª edição do Prêmio Innovare.

 

Coordenado pela professora Simone Catão, o projeto busca promover a inclusão e a boa convivência entre estudantes brasileiros e imigrantes venezuelanos.

 

Com o fluxo migratório intenso, diversas famílias venezuelanas chegam ao Brasil e ao Estado de Roraima todos os dias. O resultado desse processo também foi refletido na rede estadual de ensino que em 2019 já registra 5.175 matrículas de alunos refugiados. No ano passado eram 1.417 alunos venezuelanos.

 

A Escola Estadual Olavo Brasil Filho atende com o Ensino Fundamental e Ensino Médio, 665 alunos e destes, 63 são venezuelanos. A fim de promover um bom relacionamento entre os alunos refugiados e brasileiros, evitando a rejeição e exclusão, a professora Simone promoveu um projeto de sensibilização na unidade de ensino.

 

O projeto tem como eixo temático a valorização humana, a formação do cidadão, interação social e o combate a xenofobia. A professora apresentou aos alunos brasileiros a realidade da Venezuela por meio da matemática financeira, mostrando os valores da moeda, o câmbio e a super inflação do país vizinho.

 

Os alunos passaram a ler e assistir jornais para compreender o que havia levado os refugiados a deixarem seu país. Em sala de aula resolveram problemas matemáticos envolvendo as questões da Venezuela. Aos poucos, os alunos foram entendendo a realidade e com o passar do tempo, acolheram melhor os estudantes refugiados.

 

A produção de cartazes, criação de uma horta medicinal, visitas em abrigo e arrecadação de alimentos para as famílias abrigadas nos refúgios também integraram as atividades. Mas o destaque do projeto foi a produção da cartilha “Alunos refugiados: vamos acolhê-los”.

 

“Produzimos a cartilha com todas as atividades que desenvolvemos durante o projeto na escola. Também abordamos sobre o impacto da imigração, esclarecemos o que é refúgio, o que é xenofobia e inserimos os poemas produzidos pelos alunos. Outras escolas se interessaram pela cartilha e estamos compartilhando o conhecimento”, disse Simone Catão, coordenadora do projeto.

 

Ela explicou ainda que com o passar do tempo, professores de outras disciplinas também começaram a desenvolver ações dentro deste tema e aos poucos, toda a escola abraçou o projeto.

 

 

Com esse mesmo projeto, a professora Simone Catão ficou entre os 50 finalistas do Prêmio Educador Nota 10 concorrendo com outros 4.876 projetos inscritos em 2019 em todo o Brasil.

 

PRÊMIO INNOVARE

 

O Prêmio Innovare tem como objetivo identificar, divulgar e difundir práticas que contribuam para o aprimoramento da Justiça no Brasil. Participam da Comissão Julgadora do Innovare ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça), desembargadores, promotores, juízes, defensores, advogados e outros profissionais de destaque interessados em contribuir para o desenvolvimento do Poder Judiciário.

 

O prêmio é dividido em seis categorias: I- Tribunal II- Juiz III- Ministério Público IV- Defensoria Pública V – Advocacia e VI – Justiça e cidadania. A categoria Justiça e Cidadania contempla iniciativas desenvolvidas por profissionais de qualquer área do conhecimento.

 

O projeto de Roraima concorreu na categoria “Justiça e Cidadania” com outras 167 práticas e agora disputa a premiação final com outro projeto finalista do Rio de Janeiro (RJ) intitulado “A casa é nossa”. A iniciativa carioca fornece títulos de posse para moradores de comunidades carentes por meio de uma associação sem fins lucrativos.

 

A cerimônia de premiação final com o anúncio dos vencedores de cada categoria está agendada para o dia 03 de dezembroem Brasília (DF). Outras informações sobre o prêmio acesse: www.premioinnovare.com.br.

 

ASCOM/SEED