Estudante cria clube de vantagens para estimular vendas de Pet Shop

A cada dia o mundo pet fica mais diversificado, com novos produtos no mercado e uma infinidade de novidades para os animais de estimação. Pensando numa forma de divulgar essas peculiaridades, a estudante de Medicina Veterinária da UFRR, Dinah Bárbara Pathek, resolveu criar um clube de assinantes com o que tem de lançamento na área.

O projeto da aluna é um dos 18 aprovados este ano para participar do Programa Bolsa de Inovação Tecnológica (Biterr 2019), realizado pelo IEL, Sebrae e Senai. Ela lembra que a ideia surgiu ao comprovar que na empresa beneficiada, a Pet Company, havia pouca saída e circulação de determinados produtos que são inovadores e revolucionários, mas por falta de informação havia pouca procura.

A iniciativa funciona nos mesmos moldes, por exemplo, dos clubes de assinantes de vinhos que todos os meses recebem informativos e bebidas por um valor mensal. No caso do projeto ‘PET na pet’, Dinah e seu orientador buscaram parcerias e abriram as vendas das assinaturas de acordo com o interesse do cliente. Os produtos são enviados em material reciclado e reaproveitado como garrafas pet e papel. “Na compra de uma unidade, o box de produtos sai a R$50,00. Se fizer o pacote com todas caixas sai a R$ 40,00 cada uma. Cada mês ela recebe um kit com produtos diferentes”, explica a estudante que lembra já ter enviado para os donos de animais que se inscreveram novidades sobre ração, xampu, perfumes, desinfetante ambiental, bactericida e probióticos, além de brindes como necessáries e brinquedos para cães e gatos.

A ideia é fazer com que o tutor conheça diferentes produtos e que ele possa escolher a partir de uma experiência com o animal, sem ter que gastar muito com um kg de ração por exemplo. Muitas vezes a gente pensa em mudar de marca, mas prefere continuar naquela que o animal já se adaptou e não perder um pacote grande. Como no kit vão embalagens pequenos, é possível experimentar e depois, caso o animal tenha gostado, investir no produto com maior quantidade”, explica.

Para a estudante, a oportunidade de participar do Biterr fará toda diferença quando concluir o curso. Ela, que já tem uma graduação em Biologia, lembra como foi difícil a inserção no mercado de trabalho quando concluiu a primeira faculdade. Agora, ela acredita que não só facilitará o contato com fornecedores, donos de clínicas, como tem servido para exercitar seu lado empreendedor. “Tem sido uma experiência. Estou aprendendo a fazer parceria para distribuir os produtos, tenho que ir atrás e ‘vender meu peixe’ para mostrar que o projeto vale a pena, e que vai conseguir um retorno se nos apoiar. E o melhor: já estamos vendo alguns resultados com o projeto. Alguns produtos que estavam parados já começaram a circular”, comemora.

Para o professor orientador da estudante, Arthur Carvalho, é importante que o aluno de Medicina Veterinária entenda que o mercado de trabalho para essa área vai além das clínicas. “Os animais viraram parte da família e surgiu a necessidade do tutor investir no bem-estar e na qualidade de vida de seu pet. Consequentemente, os representantes passam a investir em produtos novos. Portanto, conhecer realmente quais são as necessidades e as demandas do mercado é um ponto crucial para quem está em formação”, avalia o professor.