Planejamento financeiro: O que fazer para equilibrar as contas em 2020?

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mesmo que as pessoas tenham enfrentado o ano de 2019 no aperto, no final do ano elas acabaram gastando mais por contas das festividades. E ao iniciar um novo ano, é hora de buscar saída para reequilibrar as contas do final do mês e encontrar soluções para sair das dívidas.

Esse é o momento, portanto, para iniciar um planejamento financeiro, segundo o especialista em finanças, professor e coordenador dos cursos de Gestão da Estácio da Amazônia, Eduardo Merlin. Ele afirma que somente com o planejamento será possível controlar os gastos e prosperar na vida financeira. E ressalta que não existe uma “fórmula mágica” para sair desse abismo. Segundo ele, ter disciplina é essencial e organizar as informações de gastos e receitas é primordial para o controle financeiro.

Ao repassar dicas de como colocar isso em prática, o professor observa que o planejamento financeiro deve ser adequado a cada pessoa ou família. “Somos diferentes e a fórmula que enriqueceu um, pode não satisfazer outro.  Acredito que cada pessoa tenha sua fórmula pessoal de fazer seu planejamento. Quem não gosta de gastar em compras?  Afinal é muito prazeroso”, comenta.

Mas para não cair em mais armadilhas, ele reforça que a medida é sempre gastar menos do que se ganha. “Gastando com qualidade e poupando os valores que sobram”, completa. O especialista diz que o primeiro passo é fazer uma planilha e inserir todas as receitas e gastos da família.  “Em seguida subtrair os ganhos dos valores que gasta.  Se tiver saldo positivo, fica fácil manter o equilíbrio e buscar rendimentos que possam aumentar sua poupança. Se os gastos forem maiores que as receitas, ponto de atenção: algo não está bem!  Hora de mudar os hábitos de gastos”, ressalta.

Se esse for o caso, o momento requer uma revisão das despesas de casa. Uma sugestão do professor é verificar se é possível fazer uma contenção nos gastos de energia, água, telefone e assinaturas que podem ser dispensadas. Outro conselho é adaptar as compras mensais com a troca de marcas de material de despesas para substituir alguns produtos por outros de menor valor.  “São medidas temporárias, quando a situação financeira se ajustar poderá voltar a usar a marca de sua preferência”, lembra.

Já se a maior parte da dívida está nos gastos com cartão de crédito, a orientação de Merlin é para buscar uma negociação junto à operadora do cartão para diminuir os juros.  “Parcele os valores a vencer e guarde seu cartão de crédito. Se tiver parcelas de financiamento de veículos vencidas, lembre-se que com 90 dias de inadimplência as financeiras solicitam a entrega do bem. Portanto, ligue para a financeira e renegocie o prazo, aumentado o tempo e diminuindo o valor no máximo possível. Se tiver folga financeira pague duas parcelas e terá o valor dos juros diminuído”, orienta.

O professor lembra que os próximos meses representarão um período de recuperação financeira e será necessário reeducação, evitando gastos desnecessários. “A poupança dos recursos excedentes representam qualidade de vida da sua família no futuro no futuro. Compre somente o necessário e evite passeio em shopping center. As lojas são decoradas de forma a despertar o interesse nas pessoas em comprar”, alerta.

Por fim, ele dá dicas de leituras para aquelas pessoas que desejarem de uma inspiração. “Vários autores disponibilizam seus conselhos e experiências registradas por vários anos dentre eles os mais famosos ‘Dinheiro é emocional’, de Tiago Brunet; ‘Pai Rico, Pai Pobre’, de Robert T. Kiyosaki e Sharon Lechter; ‘Quem pensa enriquece’, de Napoleon Hill; além do livro ‘Os segredos dos Casais inteligentes enriquecem juntos’ e ‘Adeus, aposentadoria’, de Gustavo Cerbasi”, conclui.

Contato para agendamento de entrevistas: 99971-4230  – Élissan Paula Rodrigues

— 
Yana Lima