O Campus Boa Vista do Instituto Federal de Roraima (CBV/IFRR) é um dos apoiadores do movimento social para a confecção de máscaras de tecido que serão doadas a diversos profissionais e instituições para a prevenção ao Coronavírus.
Fazem parte desse movimento diversos profissionais liberais, em conjunto com as costureiras integrantes do movimento de quadrilheiros de Roraima, bem como representantes do projeto Tabita, que confecciona bonecas de pano.
De acordo com o professor e turismólogo Shigeaki Alves, a ideia dessa grande ação conjunta é a formação de uma rede de soluções criativas com a participação de profissionais da indústria da moda em Roraima, em parceria com instituições públicas, profissionais liberais, empresários e sociedade civil, para o enfrentamento da pandemia ocasionada pelo Coronavírus. A proposta é fornecer as máscaras para várias instituições e profissionais, principalmente aos que fazem atendimento direto ao público, e não foram dispensados do trabalho ou não tiveram suas atividades interrompidas, evitando, assim, a falta desse material no mercado local para atender aqueles que realmente precisam. “Em decorrência da enorme procura, faltam máscaras no mercado e, consequentemente, nas unidades hospitalares, deixando os profissionais que realmente precisam sem proteção. Haja vista essa mudança de comportamento e a adoção de novos hábitos de etiqueta respiratória, esses grupos se uniram para confeccionar e fornecer gratuitamente, tendo em vista atender à enorme demanda. Portanto, essa rede colaborativa e criativa visa atender principalmente os diversos trabalhadores, como entregadores de alimentos, feirantes, frentistas, ambulantes, profissionais responsáveis pela limpeza da nossa cidade, agentes das ações humanitárias, agentes de portaria, atendentes, entre outros. Assim, pedimos a colaboração de toda a sociedade para a aquisição dos insumos que serão utilizados na confecção das máscaras caseiras, como tecido, linha, elástico. Com isso, estaremos ajudando a proteger principalmente as pessoas que fazem parte do grupo de risco e populações vulneráveis”, disse.
Ainda de acordo com Alves, a utilização dessas máscaras evita que as pessoas levem frequentemente as mãos à boca e ao nariz, além de modificar o comportamento, fazendo com que assumam um compromisso social. “Essas máscaras também contribuem para que assumamos um compromisso com a nossa vida e com a vida do próximo. Então, é fundamental que haja a responsabilidade social e a preocupação coletiva em evitar a proliferação do vírus por meio de contaminação comunitária”, finalizou.
A diretora-geral do CBV, professora Joseane Cortez, afirma que a participação do campus nessa campanha liderada por vários movimentos culturais é, sem dúvida, um compromisso social muito significativo e expressa o olhar que a instituição tem com a promoção da qualidade de vida, com a humanização e o cuidado com o outro, como ação educativa. “Estamos mobilizando todos os servidores para que, de forma voluntária, possam contribuir com a doação de materiais que possam ajudar as associações de costureiras na confecção de máscaras, cuja finalidade é, sem dúvida, muito importante, na medida em que amplia a distribuição das máscaras para a sociedade como um todo. A utilização dessas máscaras caseiras representa uma alternativa para o público em geral, ficando as máscaras industrializadas específicas para aqueles que estão em situação de risco e aos profissionais de saúde. Esperamos que essa ajuda possa somar nesse grande esforço conjunto e que nós possamos, de coração, estar colaborando com essa campanha tão importante neste momento de crise”, disse.
Os servidores do CBV podem colaborar com os itens que desejarem. As doações podem ser realizadas até a próxima segunda-feira, dia 6. No entanto, quanto antes os interessados fizerem suas doações, mais rápido os insumos serão enviados às costureiras.
Virginia Albuquerque
CCS/Campus Boa Vista
2/4/20