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Escritor dá dicas para ajudar a criar o hábito da leitura

O momento que vivemos nos obriga a alimentar nossa mente não apenas com notícias, mas também com uma boa leitura dos mais variados assuntos. E os benefícios vão além de apenas criar um hábito para o ócio criativo. A prática da leitura ajuda no bom desenvolvimento das funções cerebrais e contribui com a capacidade do leitor de analisar de forma crítica sua realidade.

E para ajudar quem tem dificuldades para começar a ler um livro e ir até o final, o escritor roraimense, Aldenor Pimentel, aceitou o convite do EducaRR para dar dicas sobre como criar e estimular o hábito da leitura. A primeira observação de Pimentel é que para criar esse hábito é necessário “estabelecer uma rotina diária de leitura, ainda que mínima”. 

“De preferência, sempre o mesmo horário e em local adequado, com boa iluminação, isolado de ruídos e distrações, como redes sociais. É importante se sentir confortável. Por isso, o ideal é uma postura adequada. Eu tenho um pequeno escritório, com ar-condicionado e uma estante de livros. É o bastante. Para fugir de ruídos externos, às vezes, coloco uma música que me agrade”, sugere.

Se não consegue passar de 10 minutos numa leitura, não se preocupe. O escritor afirma que é importante começar mesmo com calma e não se cobrar. “Não está conseguindo? Faça uma pausa. Retome em outro momento. Ficou um dia sem ler? Tudo bem. Leia no dia seguinte. Há momentos em que eu tenho condições de ler romances mais longos; em outros, o tempo apertado só me permite ler textos curtos, como poemas e contos. E não há mal nenhum nisso”, explica.

Outra observação de Aldenor Pimentel é quanto ao método de leitura. Segundo ele, cada pessoa vai acabar descobrindo se é melhor ler em voz alta, em silêncio absoluto, no quintal com o barulho das árvores e pássaros ou ouvindo música. “Se isso tudo ajuda você a ler, vá em frente”, completa.

E se o medo é não gostar do que começou a ler e querer desistir de primeira, o escritor afirma que o melhor é escolher algo que agrada, seja gibi, piadas ou textos sobre curiosidades. “Por que não? Aliás, que tal fazer uma lista de livros que você tem vontade de ler? Garanto que será uma motivação e tanto. Eu já fiz várias listas de leitura: de livros de diferentes países, escolas literárias, livros que viraram filmes, livros de Roraima, livros escritos por músicos. Esses desafios costumam render boas surpresas”, observa.

Se criar desafios é estimulante, Aldenor afirma que estabelecer metas de leitura fáceis de alcançar também ajudam a manter acesa a vontade continuar. “E valorize as pequenas conquistas. Só um marcador de páginas que ajude a perceber o quanto você leu em determinado período de tempo já dá um ânimo para continuar. Entre as minhas metas para o ano, eu sempre incluo uma quantidade mínima de livros para ler. E costumo ficar bem feliz quando alcanço a meta”, conta.

Sobre a leitura nos equipamentos como smartphone ou notebook, o escritor ressalta apenas para o “cuidado com o excesso de exposição dos olhos à luz”. “Geralmente, esses aparelhos eletrônicos permitem diminuir a intensidade do brilho, para não cansar a vista. Além disso, é bom fazer pausas entre as leituras”, orienta.

Mas se você é do tempo que gosta de sentir o livro nas mãos, uma sugestão é “deixar um livro sempre ao seu alcance, para quando a oportunidade surgir”. Segundo o escritor, as chances de desistir pelo trabalhar de ir atrás de um livro vão diminuir significativamente.

“Outra sugestão que funciona muito bem é conversar com outras pessoas sobre os livros que você leu ou pretende ler. É importante porque cada pessoa tenha uma leitura particular sobre uma obra e isso amplia a nossa visão de mundo. E, depois, conversas agradáveis com pessoas agradáveis são sempre bem-vindas”, conclui.