A Escola Estadual Albino Tavares, localizada na zona rural de Boa Vista, realiza no dia 9 de setembro, sexta-feira, a partir das 15 horas, o I Encontro Cultural do Campo. O evento vai ocorrer na Quadra EAgro (Escola Agropecuária), no Projeto de Assentamento Nova Amazônia e será feito em parceria com a UFRR (Universidade Federal de Roraima), por meio do Projeto de Extensão Universitária.
Conforme a gestora da Escola, Cleocimar Teixeira, nesse encontro a escola vai mostrar o que acontece no campo com relação à cultura e outras atividades. São várias atrações enfatizando a questão da cultura camponesa. “Haverá apresentação dos pais, de agricultores, das associações, e todos os estudantes da Escola que estão inseridos em atividades diversas como dança, declamação de poesia, entre outras”, explicou.
A Escola Albino Tavares atende a 243 alunos do Fundamental Maior ao Ensino Médio. Todos residem no P.A Nova Amazônia. “São filhos de agricultores e nossa escola tem buscado atender essa demanda de interesse dos próprios alunos, porque, devido eles residirem na zona rural, não têm acesso a muitas informações e a escola vai ser esse ponto de encontro de cultura, com alunos de várias idades e as famílias”, disse.
O evento é uma iniciativa da gestão da escola e do Projeto de Extensão da UFRR, coordenado pelo professor Janailton Coutinho. “Realizamos ações em educação ambiental, formação de professores, iniciação dos estudantes e dos professores em atividades culturais e, a escola junto com a Associação dos Polos e os agricultores, resolveu mostrar o que tem de cultura no campo”, explicou o professor.
Disse ainda que o campo é um celeiro de cultura muito rico. “Uma diversidade muito grande, então, resolvemos fazer esse I Encontro de Cultura do Campo para mostrar, pensar, discutir e evidenciar toda a riqueza e diversidade cultural que existe, especificamente, no Projeto de Assentamento Nova Amazônia”.
Conforme ele, a ideia de desenvolver o projeto nas escolas é porque é a partir delas que se dissemina, replica, se multiplicam as ações e riquezas culturais existentes na própria comunidade.
Segundo Janailton, quando os agricultores, os trabalhadores, os filhos dos assentados da reforma agrária percebem que aquilo que eles fazem cotidianamente nos lotes e nos assentamentos pode ser mostrado para todo mundo da cidade e do campo, significa uma valorização muito grande para sua própria cultura e para a identidade.
“Isso vai se formando e consolidando um processo de identidade maior como um ser da reforma agrária, como um ser um estudante, um professor, um gestor da escola do campo e, a Universidade que vai aprendendo com as diversas práticas culturais e as educativas realizadas especificamente nas escolas do campo”, explicou, ao destacar que a educação e os eventos culturais do campo têm que ser feitos no campo, porque é lá onde eles moram, onde se pode perceber a cultura das populações que vivem nessa realidade.
PROGRAMAÇÃO – Constam na programação apresentação da banda Paricarana, da UFRR, do coral da escola “Canto do Sabiá”, participação da cantora Elienai Menezes, dos grupos folclóricos Dekameron e Parintis, apresentação da quadrilha dos pais, dos alunos, DJ e, barracas com comidas típicas.
Fonte: secretaria estadual de Comunicação Social