A Comissão de Avaliação e Acompanhamento do Programa de Bolsa Permanência (PBP) do Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM-IFRR) realizou a primeira reunião e analisou a documentação de 11 alunos indígenas do curso superior de Tecnólogo em Aquicultura interessados em receber uma bolsa-auxílio do governo federal no valor de pouco mais de R$ 800.
Os documentos foram analisados, na tarde desta quarta-feira, dia 14, pelos integrantes da comissão, que tem como presidente o coordenador do curso superior, Lucas Eduardo Comassetto, e representantes do campus, do Conselho Indígena de Roraima (CIR), da Organização dos Professores Indígenas (Opirr) e da sociedade civil, totalizando sete membros.
A documentação dos discentes será entregue pela comissão, nesta quinta-feira, dia 15, à Reitoria do IFRR, para homologação e posterior análise do Ministério da Educação. As inscrições estão abertas até o dia 30 de setembro apenas para indígenas e quilombolas.
A bolsa é concedida pelo governo federal para estudantes matriculados em instituições federais de ensino superior em situação de vulnerabilidade socioeconômica e para alunos indígenas e quilombolas. O recurso é pago diretamente ao estudante de graduação por meio de um cartão de benefício.
Segundo informações do MEC, a Bolsa Permanência é um auxílio financeiro que tem por finalidade minimizar as desigualdades sociais e contribuir para a permanência e a diplomação dos estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O valor é equivalente ao praticado na política federal de concessão de Bolsas de Iniciação Científica: R$ 400,00.
Estudantes indígenas e quilombolas têm garantido um valor diferenciado, pelo menos igual ao dobro da bolsa paga aos demais estudantes, em razão das especificidades da organização social de suas comunidades, da condição geográfica, dos costumes, da língua, das crenças e das tradições, amparados pela Constituição Federal.
Ao receber a bolsa-auxílio o aluno terá de obedecer a alguns parâmetros, entre eles frequentar regularmente as aulas, que, no caso do curso superior em Aquicultura, são realizadas durante o dia. Comassetto explica que, desde o ano passado, o Campus Amajari vem buscando a adesão do IFRR ao programa, o que só ocorreu no primeiro semestre deste ano, sendo a primeira unidade a criar a comissão.
O coordenador comenta ainda que, por ser um curso que trabalha com organismos vivos, as aulas só podem ocorrer durante o dia, e o horário acabava conflitando com o do mercado local. “O aluno não consegue se enquadrar no mercado de trabalho local devido ao horário das aulas. Portanto, recebendo esse auxilio, ele poderá se dedicar integralmente aos estudos, formar-se e ajudar sua comunidade”, afirmou.
Fonte: IFRR/CCS/Campus Amajari