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“Existe um potencial muito grande para que o conhecimento indígena seja inserido na escola

Na comunidade indígena de Uiramutã, Márcio sempre foi um aluno dedicado. A Escola Estadual Júlio Pereira  faz parte de sua vida desde a infância e é lá que, hoje, exerce a sua docência, da. Seu pai, Valmir, também professor, mas de língua macuxi, foi uma das suas influências para a profissão.

“Gosto de explorar ao máximo o conhecimento e me identifico muito com as pesquisas”, conta. Por isso, concluiu o curso de licenciatura intercultural indígena da Universidade Federal de Roraima e foi um dos professores a implementar o projeto “Laboratório Socionatural Vivo”. 

A iniciativa, foco de uma pesquisa aplicada apoiada por edital promovido pelo Itaú Social, tem por objetivo integrar os conhecimentos indígenas com o convencional, para dar mais sentido e aprofundar o aprendizado dos estudantes nos anos finais (5º ao 9º ano) do ensino fundamental. Márcio sugeriu analisar a captura da formiga tanajura, utilizada para complementar a alimentação. A partir desse costume, os alunos estudam  aspectos como a construção histórica, a ciência biológica, além de valorizarem sua identidade e cultura.

“Existe um potencial muito grande para que o conhecimento indígena seja inserido na escola e que ocorra o desenvolvimento de pesquisas nesse contexto. A gente vê novas descobertas, como por exemplo o fungo da cabeça da saúva que está servindo para produção de remédios. Iniciativas como essa devem ser incentivadas por meio de parcerias entre escolas e universidades.”