O estudo “Desenvolvimento da perspectiva teórica: uma revisão sobre habilidades necessárias para utilização das tecnologias digitais como recurso para uma metodologia de ensino”, de autoria do professor Wender Antônio da Silva, do Centro Universitário Estácio Amazônia, foi selecionado para ser apresentado no segundo Seminário da Associação Latinoamericana de Investigação em Educação em Ciências, que acontece na próxima semana, entre os dias 25 e 28 de outubro, em Costa Rica.
Ele não participará do evento, mas explicou que o estudo trata de uma análise das habilidades necessárias para a utilização dos recursos de Tecnologia de Informação e Comunicação como metodologia de ensino e aprendizagem. Conforme Wender, o trabalho é parte de um grande estudo que está em fase inicial. Neste caso foi feito uma perspectiva teórica do que já se possui publicado. Para ele, em Roraima algumas instituições estão trabalhando fortemente na inserção das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação no processo educativo. Em especial as instituições de ensino superior que trabalham no formato Educação a Distância. “O Centro Universitário Estácio da Amazônia está investindo muito nas tecnologias para proporcionar melhores condições de ensino, seja na Educação a Distância, seja na educação presencial e, neste último dando um suporte as aulas presenciais”, disse ele que complementou: “Hoje a educação superior não pode ficar aquém do processo de evolução das tecnologias digitais e, necessariamente todas elas precisam de adaptar. Primeiro porque existem legislação e ainda as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação que exigem os laboratórios específicos e ainda os recursos de tecnologia de informação e comunicação”. Contudo, frisa o professor, há falhas nesse processo. “Nos meus estudos, percebo que as falhas estão na falta de metodologias que sejam adequadas as realidades de professores e alunos. Para Prensky (2004) existem os nativos digitais que nasceram a partir do ano 2000 e estão totalmente inseridos às Tecnologias Digitais, ou seja, para eles faz parte do cotidiano (basta ver a naturalidade com que as crianças lidam com tablets e smatphones). Por outro lado, existem pessoas que nasceram antes do boom da tecnologia digital e obrigatoriamente buscou aprender a lidar com esses novos recursos. Essas pessoas são denominadas imigrantes digitais. Não obstante e ainda realidade em nosso Estado, temos os excluídos digitais que são pessoas que não tiveram a oportunidade de aprender ou trabalhar com as Tecnologias Digitais. Daí em sala de aula, como lidar com toda essa diversidade?”, questiona. Para avançar, ainda segundo Wender, é preciso políticas públicas para democratizar o acesso à informação. “Muito já se tem feito, mas ainda temos equipamentos de informática com tributação muito elevada, ainda temos serviços de oferta de dados (wifi) muito ruim e com custo muito elevado para a maior parte da população. E preciso democratizar a internet no Brasil, é preciso criar mais espaços com possibilidade de acesso a internet e ainda, reduzir os impostos sobre equipamentos de informática para uso doméstico”, concluiu. Para mais informações sobre o evento basta acessar o link http://la-sera.org/2016/.