Duas escolas têm projetos selecionados na Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente

As escolas Lobo D’Almada e Mario David Andreazza vão representar Roraima na 8ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente no dia 29 deste mês no Rio de Janeiro, na Fundação Oswaldo Cruz. Cada escola teve dois projetos selecionados na etapa regional. Na fase nacional concorrem 36 trabalhos, mas somente seis serão escolhidos por uma comissão avaliadora especial.

A escola Lobo D’Almada, no Centro, concorreu nas categorias Produção audiovisual e Projeto de Ciências, no Ensino Fundamental e Médio, com as professoras Gisele de Oliveira e Maria Bernadete Barbosa. Já a escola Mario David Andreazza, zona Oeste, participou na modalidade Produção audiovisual e Produção de Texto, na categoria Ensino Médio, com a professora Angélica Cristina Bin.

A professora Gisele, da disciplina de Biologia, disse que a escola sempre trabalhou com educação ambiental com os alunos. A escolha pelo documentário [produção audiovisual] foi porque gosta de trabalhar com música e vídeo. “Para produzir este trabalho foram realizadas ações com temática ambiental. Fotografamos tudo e as imagens que foram utilizadas na produção do vídeo. Além disso, fizemos uma paródia”, disse.

Com o tema Educar é viver, a projeto foi desenvolvido com alunos do Ensino Fundamental. “O projeto é desenvolvido com todas as turmas, tanto do ensino Fundamental como Médio. O interessante é que a escola desenvolve este trabalho de forma contínua e não somente como atividade pontual. A direção escolar sempre apóia nossos projetos, por isso fazem parte do cotidiano da escola Lobo D’Almada”, ressaltou Gisele. Na viagem ao Rio de Janeiro, a aluna Andressa Graziela, acompanha a professora.

Na escola Mário David Andreazza, os alunos escolheram as categorias e logo formaram grupos de estudos dentro e fora das salas de aula. A professora Angélica Bin disse que o trabalho foi realizado em dois meses, que incluía pesquisas no laboratório de informática, aulas expositivas, mesa redonda e socialização das descobertas do grupo. “Foi um trabalho bastante gratificante, toda aula eram descobertas novas. Nossos dois trabalhos foram selecionados em um universo de 65 mil inscritos no Brasil. Concorremos com projetos de todo Território Nacional”, complementou.

Ela disse que na produção audiovisual, trataram da questão relacionada do meio ambiente e saúde. As imagens foram captadas pelos alunos. “Nosso projeto se chama ‘Se o meio ambiente está bem, sua saúde também’. Nele abordamos a questão da falta de conscientização com lixo e doenças relacionadas”, explicou.

Já na produção textual, abordaram a questão dos riscos do uso indiscriminado do mercúrio, nas áreas de garimpo ilegal. “Alertamos que Roraima pode estar sendo alvo de uma terrível ameaça de saúde pública, em decorrência do uso do mercúrio. Algumas etnias indígenas já sofrem com problemas de saúde, por estarem mais expostas ao uso da água dos rios e com o consumo dos pescados já contaminados por mercúrio, e o nome da crônica que escrevemos é ‘Eis um grito silencioso’”, disse a professora Angélica, ao ressaltar que a pior catástrofe já conhecida por contaminação de mercúrio, é a cidade japonesa de Minamata.

Para a aluna Darlyne Araújo Cruz, 16 anos, do 2º ano do Ensino Médio da escola MDA, a experiência foi positiva porque o trabalho foi em grupo, o que diminuiu as dificuldades na hora da produção. “Trabalhar nesse projeto foi muito bom, pois além de adquirir mais conhecimento sobre um assunto de total importância para todos os roraimenses. Vamos poder alertar às pessoas sobre o perigo das doenças e sobre a

preservação do meio ambiente. Vai instigar as pessoas a ficarem atentos sobre o risco do uso indiscriminado do mercúrio”, disse.

Fonte: secretaria estadual de Comunicação