Artesã aposta na venda de peças em madeiras para fugir do desemprego

Depois de perder o emprego há três anos, Vilma Marli, 50 anos, resolveu investir na veia artesã e fazer o que mais gostava, aliando prazer à geração de renda familiar. Ela transforma objetos destinados ao lixo em obras de arte.

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Para tomar a decisão de assumir a veia empreendedora, Vilma considerou a idade, que dificultava a reinserção no mercado de trabalho, e passou a testar suas habilidades manuais em peças de madeira. “Mas eu não tenho aperfeiçoamento, meu trabalho é muito simples”, diz modesta.

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A artesã mora na zona Rural de Boa Vista, na região de Monte Cristo, próximo ao Parque de Exposição Dandãezinho, e admite: nunca gostou de jogar nada fora. “Então eu via uma cômoda, uma cadeira velha e sempre com vontade de pintar”, disse ao revelar que prefere usar várias cores em uma peça ao invés do tradicional verniz.

Tudo começou com caixotes de feira que ela passou a transformar em verdadeiras obras de arte. “Comecei a trazer pra casa e a pintar com muito colorido”, lembra. Vilma tem uma paixão por bancos feitos com camas velhas. Com o móvel arrecadado, ela transforma nas chamadas “namoradeiras”. Seus produtos têm preços variados, de R$ 40,00 a R$ 500,00.

Apesar do empenho e dedicação em cada móvel feito ou restaurado, ela conta que não vende muito. “Todo mundo acha artesanato bonito, mas sempre acham caro. Tento negociar, baixar preço, mas eu vendo algumas coisas, tenho encomendas aqui em casa”, complementa. Ah, ela também produz vasos para plantas, em cimento, em formatos como xícaras, além de objetos para jardins como sapos, garças, arara. Tudo colorido! O telefone para contato é o 99131-2828.

Por Yasmin Guedes

Foto: Arquivo Pessoal / Vilma Marli