Joalheiro transforma coco de tucumã em biojóias

Uma das principais matérias-primas no ateliê do joalheiro Tancredi Ourives, como gosta de ser chamado, é o caroço de uma fruta típica da América do Sul e que é revestido por uma polpa amarela, bem oleosa e com a casca na tonalidade amarelo-esverdeada: o tucumã. Localizado na rua Bento Brasil, nº 629, no Centro da capital roraimense, o ateliê é especializado na produção de alianças de coco de tucumã, onde despeja a criatividade de moldar, polir e revestir com fios de ouro ou de prata.

Segundo conta, após conhecer a técnica em outros estados como Amazonas e Pará, decidiu trazer a ideia para Roraima, aceita rapidamente pelos casais que buscam selar o relacionamento com uma aliança diferente. “Vi que era possível e comecei a fazer”, ressalva e afirma que por onde passou percebeu a aceitação dos clientes. “A diferença é que me propus em inovar, fazer e colocar exposto em uma vitrine”, conta Tancredi.

 

As peças mais simples, com menos detalhes, custam R$ 20,00 a unidade. As trabalhadas saem a R$ 80,00 a unidade ou R$ 150,00 o par, todas essas com fios de prata. Mas quando o ouro entra em cena, o preço muda e pode custar até R$ 1,2 mil. “Falamos até que é uma biojóia”, diz o joalheiro-artesão. Ele garante que a procura tem crescido, com encomendas na loja física e por meio de redes sociais, pela página Ateliê dos Ourives (@ateliedosourives). O pagamento é a vista ou cartões de crédito ou débito.

Até os solitários recebem um toque natural no acabamento, no lugar das pedras preciosas, o ourives adiciona uma lasca moldada, polida e gotejada com outro ao topo do anel, completando o designer do produto. “Faço todos os tipos de alianças, mas essas são trabalhos diferentes e bonitos”, destaca.

Por Yasmin Guedes

Fotos: Divulgação