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Aplicativos de ensino permitem melhorar currículo em qualquer hora ou lugar

Os pequenos intervalos que o fotógrafo Ronny Vianna, de 23 anos, tem entre um trabalho e outro são convertidos em aprendizado. Usuário da plataforma Eduk, desenvolvedora de cursos online, ele credita às aulas a que assiste pela tela do celular importantes vitórias em sua área de atuação, graças à possibilidade de acesso em qualquer hora ou lugar. As facilidades do sistema frente à falta de tempo comum na vida de quem deseja turbinar o currículo é um dos impulsos para a expansão do mercado de ensino móvel no país. – Fiz cursos de como fotografar dos momentos antes do casamento até a festa, outro de como fotografar sozinho. Já tinha feito aulas presenciais, mas comtinuei me especializando nessa área pela plataforma virtual. Foi muito vantajoso para mim. Mesmo antes dos eventos, podia rever cursos. Desde então, fui convidado para associações de fotógrafos e ganhei prêmios de revistas – lembra Ronny. A Eduk é uma das plataformas que buscam mudar realidade apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Segundo o IBGE, em 2014 mais de 40 milhões de brasileiros tinham o desejo de se qualificar profissionalmente, mas apenas 3,4 milhões conseguiram. – É óbvio que ter o contato com o profissional é sempre muito válido, há uma interação que facilita a retirada de dúvidas. Mas eu, por estar no Rio e às vezes precisar fazer cursos até fora do país, já usei essas plataformas diversas vezes e recomendo – diz a coach de tecnologia Renata Lopes, que acrescenta: – Hoje, principalmente para quem mora em grandes cidades, o deslocamento dificulta muito frequentar um curso presencial. Quem opta pelo virtual faz as aulas com economia de tempo. Outra ferramenta de ensino móvel disponível é a mLearn. – É uma empresa que tem vários projetos. Numa das frentes, contrata professores especialistas que desenvolvem cursos. Eles vêm aqui no estúdio gravar, e vendemos assinaturas para o usuário final. Também estamos no mercado corporativo. Observamos que tem muita aderência, principalmente para treinamento de forças de vendas – afirma Ricardo Drummond, idealizador e diretor executivo da empresa. VEJA OPÇÕES DE FERRAMENTAS DE ENSINO ONLINE: EDUK Está disponível em aplicativo para celulares Android, no qual é possivel assistir a transmissões ao vivo e gratuitas e acessar todo o catálogo com mais de 1.200 cursos. Até junho deste ano, será lançado para IOS (celulares e tablets Apple). A plataforma convida especialistas para desenvolver aulas e disponibiliza o serviço no formato de assinatura: escolhendo uma das áreas de conhecimento, como gastronomia, a pessoa paga R$19,90 por mês. Se ela quiser ter acesso ao catálogo completo, paga R$29,90 por mês. Os pagamentos são feitos por cartões de crétido ou boleto. Todos os cursos dão direito a uma certificação de conclusão.

MLEARN Para fazer os cursos da plataforma, os alunos não precisam sequer ter um cartão de crédito, pois a empresa trabalha por meio de tarifação pelas contas das operadoras de telefonia móvel. O plano semanal custa R$3,99 por semana (para clientes das operadoras Claro, Oi e Vivo). O plano mensal sai por R$9,99 (para clientes das operadoras Claro e Vivo). Disponível apenas para Android. UDEMY A Udemy possui aplicativos para Android, IOS e Apple TV. Os cursos são criados por instrutores, que são particantes daquelas atividades e que conhecem as últimas novidades em suas áreas de atuação. Os currículos, porém, são checados, e a renda é compartilhada. Mas também há parcerias com instituições de ensino, como a Estácio. Alguns cursos da Udemy são gratuitos e outros variam entre R$50 e R$590. CHEQUE O CONTEÚDO ANTES DE COMPRAR O CURSO As ferramentas de ensino móvel têm cursos ligados a determinadas áreas, como estética, artesanato, saúde, idiomas, e até aulas de orientação para desenvolver a carreira – por exemplo, para montar um bom currículo. As aulas costumam ter pouca duração para prender a atenção e facilitar a conclusão em breves intervalos durante o dia. E os cursos são atrativos, com opções de pagamento por módulo ou para acessos ilimitados por semana ou mês. Apesar dos benefícios da modalidade, o usuário deve assegurar a qualidade do conteúdo pelo qual pagará. As empresas garantem que têm apenas especialistas para abordar os assuntos determinados ou que checam os currículos de seus colaboradores – já que na Udemy, por exemplo, a iniciativa de postar uma aula pode ser de uma pessoa física -, mas é bom conferir os dados fornecidos para evitar desilusões. – É importante conhecer o currículo do profissional que está desenvolvendo o material pelo qual você está pagando. Caso contrário, você pode gastar por um treinamento que não é bom ou que trará conhecimentos que você já tem sobre o assunto – afirma a coach Renata Lopez. Um bom caminho para isso é consultar o Linkedin – rede social voltada para os contatos profissionais. – Eu uso bastante o Linkedin para fazer a checagem de informações. Pois se a pessoa coloca algum fato que não é verdadeiro sobre sua vida profissional ali, ela não recebe chancela, as pessoas não recomendam – afirma a especialista no uso de tecnologias para guiar a carreira.

Fonte: EXTRA.GLOBO.COM