Como parte do projeto de extensão “Solo na escola”, desenvolvido no Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM-IFRR) pela professora doutoranda Luciana Barros, alunos da Escola Municipal Iêda da Silva Amorim, sede do Amajari, participam, nesta quarta-feira, dia 3, da primeira atividade.
Trata-se de práticas laboratoriais para análise de solo, nas quais as crianças de 4 a 6 anos aprendem sobre a diversidade do solo. São seis turmas do 1.º e 2.º períodos e da 1.ª série do fundamental, divididas entre manhã e tarde. Empolgadas com a visita, as crianças participaram das atividades e divertiram-se usando terra, água e cola para fazer tinta e “pintar o sete”.
O objetivo do projeto é sensibilizar professores e estudantes sobre a importância do solo para o meio ambiente. Conforme Luciana, a ideia de trabalhar esse tema surgiu depois de uma visita ao Departamento de Solos e Engenharia da Universidade Federal do Paraná, o qual desenvolve com louvor o projeto em escolas de ensino fundamental e médio. “As pessoas desconhecem a importância do solo para o meio ambiente e apenas o veem como espaço onde plantam, habitam, mas ele é fundamental para muita coisa, como agricultura, qualidade da água, do ar”, afirmou.
E envolver crianças foi o passo inicial. Para a coordenadora pedagógica da escola municipal, Reelity Luana dos Santos Sousa, essa vivência é importante. “É um momento único e, através de um trabalho como esse, desperta a criatividade, a consciência ambiental nos alunos. Então, quando veio o convite para participarmos, o nosso único pedido foi envolver todas as turmas, porque a questão ambiental precisa ser trabalhada desde a criança pequenina”, disse.
Mas não foram apenas os pequenos que aproveitaram o momento para aprender. A professora Juliana Melo vai levar para sala de aula o aprendizado do laboratório. “Aprendi hoje que dá para pintar utilizando materiais simples, como água, cola e terra. É muito bom aprender e depois poder aplicar isso com meus alunos”, comentou.
Quem acompanhou a visita do filho Manoel, 5 anos, ao campus foi a psicopedagoga Lucy Fernandes, que compartilha o pensamento de que essas atividades são boas para que os alunos aprendam mais rápido. “Eles não vão esquecer o que viram hoje porque é uma vivência diferente do que eles têm na escola normalmente”, frisou.
Em fase inicial, o projeto de extensão “Solo na escola” conta com o apoio de sete alunos voluntários, da bióloga Edileia Sousa e da Escola Municipal Iêda Amorim, por meio da gestora Elisangela e da coordenadora pedagógica Luana. Mas a ideia é expandir e envolver mais pessoas e instituições. Outra meta, conforme Luciana, é construir uma soloteca, espaço para visitação com exposição de vários tipos de solo.
Fonte: Ascom IFRR/ Amajari