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Adolescentes do Dedo Verde recebem orientação sobre o universo das formigas

Nesta quarta-feira, 10, os adolescentes do Dedo Verde participaram de uma atividade diferenciada na sede do programa, localizada no Horto Municipal. Eles conheceram o universo da zoologia de inseto social e formigas, orientados pelo professor do curso de Educação do Campo da Universidade Federal de Roraima, Paulo Maroti. A intenção é colocar as formigas em um campo de observação a fim de montar um formigueiro didático para estudos e pesquisas.

O projeto vai abordar um pouco sobre conceito de praga, sobre os vários tipos de formigas. De acordo com o professor Paulo, o período chuvoso é propício para a revoada desses insetos e os adolescentes vão conhecer e acompanhar a biologia deles. “A intenção é montar um formigueiro didático aqui no Horto. Com a revoada dos insetos vamos instrumentar os alunos a fazerem a marcação dos formigueiros a serem estudados e dentro de 50 dias iremos recolher esses formigueiros e usar em aulas de biologia, ecologia, agroecologia, uma formação importante para estes adolescentes”, ressaltou o professor.

Na área do Dedo foram encontradas duas espécies de formigas: a quenquém do gênero Acromyrmex e a saúva do gênero Atta. Estas espécies serão objetos de estudos do projeto de pesquisa. A adolescente Kamila Ferreira, 18, ficou interessada em conhecer na prática a vida das formigas, como elas se reproduzem e vivem em seu habitat.

“Achei interessante esse projeto, porque pensamos que formigas são somente pragas, mas não, elas têm uma forma de vida social. Dentro do formigueiro elas fazem casinhas e se organizam. Penso que elas são mais racionais que a gente porque todo o lixo eles armazenam em um só local, elas não espalham, a alimentação também é separada. Muito bom aprender a forma de crescimento e a forma como elas vivem”, disse.

A coordenadora do Dedo Verde, Karuliny Maia explicou que os adolescentes são protagonistas ambientais e trabalham multiplicando plantas, e a parceria do professor Paulo Maroti vai ajudar no processo, uma vez que o horto tem uma grande quantidade de formigas cortadeiras que prejudicam de certa forma o crescimento saudável das mudas de plantas. “As formigas têm seu benefício ambiental e ele está aqui para mostrar que às vezes não precisamos exterminar o inseto para que ele possa deixar de degradar a produção. O professor fará com que os adolescentes pensem como controlar um formigueiro observando a vida das formigas. Ele trouxe todo o material para preparar o local para aqui se tornar uma área de observação das formigas e servir de referência para o Brasil”, ressaltou.

O professor Paulo explicou o que é a revoada e como ocorre o processo de reprodução das formigas, processo a ser acompanhado de perto por cerca de 50 adolescentes. “A revoada é quando a formiga está pronta para a cópula. Ela sai do formigueiro alada, com asas, vai cruzar com o macho, há mais ou menos 300 metros de altitude. Quando ela cai, começa a fazer um buraco para depositar os ovos dentro e então começa o formigueiro. Uma forma de controle das formigas é você cuidar principalmente nesse período de revoada, para não deixar que desenvolva um formigueiro”, orientou o professor.

A atividade em campo será da seguinte forma: Quando os insetos tiverem em revoada, e as fêmeas caírem no chão, os adolescentes vão marcar a área com uma estaca, colocar uma peneira encima para as aves não comerem os ovos. Em média 50 dias, será aberto para retirada do fungo com a rainha. O formigueiro será levado para o laboratório da UFRR e outro ficará no Dedo Verde para os estudos. A partir daí começa a alimentação com roseiras e plantas para obter um formigueiro didático.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação (SEMUC)