Campus Amajari do IFRR adere ao Setembro Amarelo

As estatísticas são preocupantes: o Brasil é o oitavo país no mundo em número de suicídios, segundo a Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr), com aumento de 10,4% na quantidade de mortes entre 2000 e 2012, sendo mais de 30% em jovens.

E se os dados já são preocupantes, as estimativas são de que, até 2020, haja um incremento de até 50% no número anual de mortes por suicídios. Os dados foram apresentados durante audiência pública em maio deste ano, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal.

Com objetivo de alertar claramente sobre o tema, desde 2014 acontece o Setembro Amarelo, uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. A cada ano empresas públicas e privadas aderem ao movimento. Neste ano, o Campus Amajari vai desenvolver uma série de atividades.

A primeira delas acontece nesta sexta-feira, 1.º de setembro, na abertura da Semana da Pátria, a partir das 8h, no espaço de convivência do campus com explanação sobre o que é Setembro Amarelo, que neste ano tem como tema “Falar é a melhor solução”.

De acordo com o coordenador de Assistência Estudantil (Caes), Francisco Moura, as atividades são organizadas numa parceira da equipe da Caes, que envolve as profissionais da assistência social e da psicologia, com a Comissão Interna de Qualidade de Vida.

Na programação desta sexta-feira, a diretora de Ensino do campus, cientista social Pierlangela Cunha, vai abordar sobre a identidade indígena, em alusão a 05 de setembro, Dia Internacional da mulher indígena. Em seguida, a psicóloga do CAM, Alizane Ramalho fará a oficina autoexpressão, na qual os alunos vão produzir cartazes expondo suas principais angústias, aflições.

Alizane lembra que a escola tem o desafio de diminuir o bullying entre os estudantes. “A gente pensa que não, mas os efeitos dessa violência psicológica que aparenta ser uma simples brincadeira, uma gozação relacionada à aparência física, a etnia, a cor, raça, afetam profundamente esse indivíduo. Se ele não souber lidar com isso, a situação pode se agravar”, disse.

A ideia da oficina é colocar para fora essas angústias e assim, enfrenta-las de frente e de cabeça erguida. O material, segundo Alizane, será utilizado numa mostra fotográfica, no ambiente escolar e na caminhada do Setembro Amarelo, prevista para dia 20 de setembro, na sede de Amajari.

PROGRAMAÇÃO – Além da caminhada, neste mesmo dia acontecerá uma palestra para servidores e alunos sobre saúde mental, com terapeuta ocupacional no CAPS II, na capital, Taiana Sabino.

O projeto Cineclube, que acontece todas às terças-feiras do mês, vai exibir apenas películas relacionadas a valorização da vida. A psicóloga reforça que na primeira e última semana do mês, logo após a exibição do filme terá espaço para debates.

No dia 27/9, haverá uma mesa-redonda com relatos de experiências sobre saúde mental, com os egressos Caroline Cavalcante e Vanderlildo Silva, a professora Luciana Barros e uma psicóloga, a ser convidada. “Essa mesa é justamente para desmistificar que sem o pedido de ajuda, muita coisa não seria possível. Desabafar, procurar ajuda ainda é a melhor forma de prevenir e enfrentar os problemas”, explicou Alizane.

Fonte: IFRR/CCS/CAM