Com apenas nove anos de idade, a menina Beatriz Fernanda, já demonstra um grande potencial no xadrez. Fato este que está surpreendendo a todos, inclusive o seu pai e também treinador, César Cheres. A aluna da Escola Municipal Centenário de Boa Vista, foi medalha de ouro no Festival de Xadrez Escolar promovido em junho deste ano pela Secretaria Municipal de Educação e seu desempenho na competição levou para a escola o título de primeira colocada entre as escolas participantes.
Agora, Beatriz terá a chance de mostrar todo o seu talento no Regional Norte de Xadrez em Manaus, entre os dias 7 e 10 de setembro. Esta é a sua primeira competição fora do Estado e segundo ela, está ansiosa pelo que a espera por lá. “Estou um pouco nervosa, porque é uma competição regional onde participam pessoas de vários lugares. Mas ao mesmo tempo, vou confiante que farei um bom jogo”, disse.
Beatriz já coleciona oito medalhas em competições locais de xadrez, sete delas em primeiro lugar. O pai, que também é seu treinador, vai intensificar os treinos para ela representar bem o Estado de Roraima, o município, e a escola em que estuda. Segundo ele, todas estas competições são importantes para elevar o nível de jogo da menina, de forma a prepará-la para disputar o nacional em 2018, na categoria de 10 anos.
“A Federação Roraimense de Xadrez está enviando dez atletas para representar Roraima no Regional Norte, incluindo eu e minha filha. Este ano, ela tem me surpreendido. Apesar do xadrez ser presença constante em casa não imaginava que minha filha tivesse tanto talento assim na modalidade. Algumas pessoas dizem que ela é uma menina prodígio no xadrez. Estamos acreditando nisso porque, de fato, ela vem correspondendo. A questão é a disciplina, a competência, o talento, o apoio, a disposição para que a gente consiga chegar lá”.
Na escola Centenário, o pai da menina formou um grupo de alunos praticantes do esporte. De forma voluntária, ele se dedica a ensinar aos sábados as estratégias e segredos do xadrez para os demais alunos do 4º e 5º ano. Para a gestora, Adones Meneses, César é um amigo da escola desde 2015 e sua filha foi à grande incentivadora dos demais alunos a se inserirem neste esporte.
“A Beatriz tem uma família que incentiva o xadrez. E acabamos motivados a apoiar este jogo dentro da unidade. Faz parte do currículo das aulas de Educação Física, mas no Centenário ele é praticado quase que diariamente, durante o intervalo. O próprio pai de Beatriz, da aula voluntariamente para os alunos daqui, promove minicompetições entre eles, e essa atividade é muito incentivada pela gestão da escola”, disse.
Em relação à menina, a gestora é só elogio. “Estamos orgulhosos dos nossos alunos, principalmente de Beatriz. O primeiro festival municipal mostrou o quanto essas crianças não só desempenham a estratégia do jogo, mas também o companheirismo, é tanto que levamos o primeiro lugar dentre todas as escolas participantes. Ela é uma ótima aluna, notas muito boas, um comportamento maravilhoso. Quando vemos uma aluna se destacando, querendo mais, porque ela sonha em participar do nacional e esse sonho apoiamos enquanto escola”, disse a gestora.
O xadrez é um item fundamental nas aulas de Educação Física da rede municipal. É oferecido para todos os alunos matriculados nas turmas de 4º e 5º ano das escolas. Sendo hoje um importante componente que enriquece as práticas pedagógicas. Tanto que a Coordenação da Smec promoveu este ano uma competição saudável entre as escolas e os alunos.
O objetivo é mostrar que esta modalidade traz inúmeros benefícios para o desenvolvimento da criança, como interação, o raciocínio, concentração, objetividade, estimula a imaginação e a cognição. César, pai de Beatriz, agradeceu a valorização do esporte nas escolas da prefeitura e conceituou o esporte de forma bem popular.
“A prefeitura está de parabéns por incentivar nossas crianças e por agregar valor a este esporte que poucos valorizam. O xadrez é a ginástica da mente, de fato é um esporte mental que só traz benefícios para quem o pratica. E os benefícios são maiores quando começa na infância.”, disse.
Fonte: SEMUC