Problemáticas da imigração estarão em debate nesta quinta-feira, 21, na Estácio

As problemáticas envolvendo a imigração estarão em debate nesta quinta-feira, dia 21, a partir das 18h30, no Centro Universitário Estácio da Amazônia. O curso de Direito da instituição de ensino organizou uma palestra com a participação de professores de Direito Internacional, Constitucional, Trabalho, Indígena e Direitos Humanos.

Conforme o professor Pedro Cerino, coordenador do curso de Direito da Estácio, no evento serão discutidos os direitos de imigrantes que estão chegando a Roraima, não apenas da Venezuela, mas de outros países, além dos direitos dos povos indígenas, com ênfase nos Direitos Humanos, Direito Constitucional brasileiro, Pacto San José da Costa Rica, dentre outros. “O público alvo será para os acadêmicos de Direito, mas outros interessados no assunto também podem participar”, disse.

Participam da mesa redonda os professores Raphael Solek, Eduardo Morais, Vancklin dos Santos Figueiredo e o doutor Serguei Aily Franco Camargo, além da participação da advogada Telma Cristina Lage dos Santos, coordenadora do projeto Migrantes Não São Um Perigo, Mas Estão em Perigo, que também coordena o Centro de Migrações e Direitos Humanos da Diocese de Roraima.

Telma salientou que a mesa redonda será uma oportunidade para prestar alguns esclarecimentos à sociedade que, segundo ela, sofre com uma série de “desinformações”. “Tem muita gente dizendo muita coisa sem se preocupar com o que é de fato. Gente que presta um desserviço à sociedade quando não cuida bem do que vai falar com relação ao tema das migrações. Essa desinformação acaba gerando um ódio gratuito, e discursos xenofóbicos”, apontou.

O debate promovido pela Estácio, reforça a advogada, vai servir para disseminar informações reais sobre essa temática e evitar a repercussão de entendimentos equivocados. “Fica parecendo que o imigrante que chega vem para tirar o direito do brasileiro que está aqui. Eu costumo fazer uma associação quanto a essa colocação: quando você chega a um lugar não procura uma cadeira ocupada, mas uma cadeira vazia para se sentar. O imigrante vem para buscar um espaço para si mesmo”, concluiu.