Escola Euclides da Cunha desenvolve plano de aula com foco na inclusão social de alunos com deficiência

Na busca de ser uma escola que de fato trabalha a inclusão social, a Escola Estadual Euclides da Cunha, desenvolve um plano de aula com foco na inclusão social de alunos com deficiência. Além do empenho dos profissionais que acompanham os alunos, várias outras atividades são desenvolvidas e adaptadas para o melhor desenvolvimento dos estudantes.

O plano de aula passou a ser desenvolvido a partir de 2016, e hoje atende aproximadamente 12 alunos com algum tipo de deficiência, como de aprendizagem, psicológicas, de ordem motora, entre outras.

É o caso de Rodrigo Schramm de 14 anos. Ele está no 9° ano, é cadeirante, e possui limitações causadas por displasia óssea que causa a deformação dos ossos.  Hoje ele participa das aulas e de outras atividades juntamente com outros alunos inclusive nas apresentações de seminários, saraus, educação física e dos jogos adaptados entre outros.

Rossiclei Soligo é a professora auxiliar que acompanha o Rodrigo na escola.  “Antes trabalhamos a parte teórica com eles, depois partimos para prática. É feita uma adaptação dos conteúdos aplicados com a participação de todos os outros alunos para que haja uma interação de fato, e assim a inclusão acontece na escola, pois ninguém fica indiferente à situação, todos fazem questão de participar. O Rodrigo é muito interessado em aprender, ele participa de todas as atividades, em sala de aula, dos jogos, inclusive de educação física e os outros alunos participam juntos”, detalhou.

Para Victor Gabriel, aluno do 9º ano da escola, essa convivência com os alunos com necessidades educacionais especiais é importante. “Geralmente essas pessoas são fechadas e necessitam de uma atenção maior. Com os jogos e as aulas adaptadas faz com que eles saiam da rotina e comecem a se interessar e a interagir com a gente”, disse.

A dona de casa, Rozélia Moreira é mãe de Olga Moreira de 13 anos, que tem síndrome de dowm. Ela lembra que a filha era bastante retraída e tinha dificuldades de se socializar com as outras pessoas.

“Depois que a Olga começou a estudar aqui no Euclides da Cunha, ela tem se desenvolvido em todos os sentidos. Ela veio de uma escolinha onde a inclusão era só para efeito de apresentação para sociedade, mas aqui no Euclides, ela está realmente incluída. Ela tem participado bem das aulas, aprendeu a matemática fazendo continhas até através de medida com receita de bolo, habilidade com computador, está lendo bem, e participa de tudo como qualquer outra criança”, disse.

Rozélia lamenta que ainda exista tanto preconceito. “A inclusão não é doença, o preconceito sim. Essas pessoas têm potencial para se desenvolver, o que precisam é de um acompanhamento adequado com mais profissionais, ambiente escolar com condições de receber essas crianças”, ressaltou.

Wiusilene de Souza, gestora da escola resume esse trabalho em amor, carinho e dedicação pelos alunos e pela educação “Não dá pra expressar esse sentimento em palavras, é muito gratificante quando olhamos para eles e sentimos essa mudança e a alegria de viver nos olhinhos deles”.

A gestora destacou a importância da inclusão em todas as disciplinas “A inclusão faz parte de todas as disciplinas. Fazemos com que aulas cheguem ao conhecimento de todos de maneira que possam ter acesso a essa aprendizagem desenvolvida com a compreensão do conteúdo. Estamos trabalhando com jogos e de forma lúdica. Foi uma maneira que encontramos de motivá-los e despertar o gosto deles pela aprendizagem. Temos ainda os recursos da sala multifuncional, com aulas dinâmicas, criativas e com professores auxiliares, que faz com que os alunos com deficiência intelectual se desenvolvam melhor”, finalizou Wiusilene.

FONTE: Ascom/Seed