Docentes da escola estadual Dom José Nepote, localizada no bairro Pricumã, receberam na noite dessa quarta-feira (9), a equipe da Procuradoria Especial da Mulher, da Assembleia Legislativa de Roraima, para participar de uma capacitação sobre o projeto ‘Papo Reto’, uma ferramenta para identificar e prevenir crianças e adolescentes dos riscos sociais.
Segundo a procuradora adjunta Especial da Mulher, Sara Patrícia Farias, é importante que eles entendam e identifiquem situações de violência, de envolvimento com ilícitos ou de bullying dentro da própria instituição e saibam como agir. O ‘Papo Reto’ é um projeto com a finalidade de interagir com crianças e adolescentes com idade entre 12 e 18 anos, e abordar assuntos como violência doméstica familiar, bullying, uso de álcool e drogas, gravidez na adolescência, sexualidade, entre outros, tudo acompanhado por representantes de instituições parceiras.
Esse contato com os adolescentes iniciará na próxima segunda-feira (14), das 8h30 as 9h30 e das 14h30 as 15h30, por quatro semanas consecutivas e com a meta de atingir 20 salas de aula. O projeto funcionará por tempo indeterminado. “Na prática, faremos uma abordagem direta com os alunos dentro da escola, com círculos restaurativos e círculos de paz envolvendo todo o corpo docente e pedagógico da escola, desde o porteiro até a diretora da escola”, explicou Sara Patrícia.
“Aqui ainda é o piloto. Estaremos lapidando esse projeto diante da necessidade que encontraremos aqui nessa escola para, ao final, a gente fazer um indicativo de lei ou tirar as leis que estão engavetadas e fazer valer”, contou a procuradora. Além dos círculos de conversa, os estudantes serão envolvidos em dinâmicas para melhor compreensão dos temas. “Temos que trabalhar a educação porque acreditamos que a educação, por sua excelência pode mudar tudo”, complementou.
A coordenadora pedagógica da escola, Gildásia Gomes, viu como construtiva a implantação do projeto na instituição para todos aqueles que integram a escola. “Estávamos contando com ele porque em breve desenvolveremos o nosso projeto ‘Antidrogas’ na escola, a partir da semana que vem e é uma maneira de conscientizar a comunidade acadêmica a questão do nosso trabalho”, frisou.
Conforme explicou a coordenadora pedagógica, no dia a dia são identificadas situações envolvendo estudantes. “Os nossos alunos merecem respeito e, por isso, precisamos melhorar o nosso ensino e aprendizagem conscientizando, informando”, findou. Atualmente, a escola atende aproximadamente 700 alunos do 5º ao 9º ano, além de cinco turmas de correção de fluxo (6º/7º, 7º/8º e 8º/9º).
Fonte: SupCom ALERR