Assembleia Legislativa celebra data com evento e mensagens de valorização à mulher

“Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta, uma mulher que merece viver e amar, como outra qualquer do planeta”. Foi assim, com a música de Milton Nascimento, interpretada pelas artistas que compõem o espetáculo ‘Maria’, que as mulheres foram homenageadas neste 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher. A data foi lembrada em uma manhã animada e de muita reflexão sobre os avanços e desafios que as mulheres ainda possuem pela frente. O evento ocorreu no plenário Noêmia Bastos Amazonas, na Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR).

Uma das cantoras que integra o grupo composto por 11 vozes femininas, Nadine Leal, afirmou que é uma honra participar da homenagem promovida pela Assembleia. “É um privilégio levar a nossa arte a todas as mulheres desta Casa. Feliz dia internacional das mulheres para todas nós”, disse.

O presidente da Assembleia, deputado Jalser Renier (SD), discursou no início do evento e ressaltou a importância da valorização da mulher em todos os aspectos. “A mulher é o pilar da família, além de ter um espaço importante em todas as áreas profissionais. Estar presente em nossas vidas como mães, esposas, filhas, irmãs, sempre nos dando o conforto e o amor que precisamos. Temos que ter orgulho de comemorar essa data tão especial. 8 de março é todos os dias”, parabenizou.

Jalser Renier também falou sobre os avanços da Assembleia no segmento de proteção as mulheres de Roraima. Criado pela Assembleia Legislativa de Roraima em 2009, o Centro Humanitário de Apoio à Mulher (CHAME), da Procuradoria Especial da Mulher, já atendeu mais de 7,6 mil pessoas desde a implantação. Só em 2017, conforme dados da instituição, o balanço fechou em 1.429 atendimentos entre jurídico, psicológico, de assistência social.

Para o presidente, o Centro é um instrumento fundamental e que está fazendo a diferença na vida das mulheres e por consequência amenizando sofrimento de milhares de famílias que buscam ajuda. “O CHAME foi uma ferramenta importante que assembleia expandiu. Nós criamos esse pilar dentro do Legislativo justamente para proteção e prevenção da violência e qualquer tipo de abuso. Nossa intenção é ampliar ainda mais o trabalho para que elas possam se sentir ainda mais amparadas e com todo o sigilo que a lei determina”, destacou Jalser Renier.

A procuradora especial da Procuradoria Especial da Mulher no Poder Legislativa, deputada Lenir Rodrigues, (PPS), que está à frente do CHAME e outros programas que atuam na defesa da mulher, afirma que a mulher tem o que comemorar. “Hoje mostramos competência em todas as áreas, a luta histórica e todas as conquistas revelam a capacidade de ocuparmos espaços de poder. Além do CHAME, a Procuradoria coordena o Grupo Reconstruir e o Núcleo de Promoção, Proteção e Atendimento às Vítimas de Tráfico de Pessoas e Exploração Sexual. Tivemos um grande avanço, inclusive com a implementação do Observatório da Violência”, detalhou.

A deputada Aurelina Medeiros (PODE), também usou a tribuna para discursar sobre o 8 de março. “Temos a obrigação de lutar em todas as áreas, seja defesa dos direitos das mulheres, seja pela reconstrução de alguma vicinal no interior de Roraima. Precisamos de mais mulheres na política, nossa participação ainda é muito pequena, pois é no Legislativo que são criadas todas as propostas para melhoria do nosso Estado”, avaliou a parlamentar.

A servidora da Assembleia, Lorrane Silva, 28, elogiou o evento e considera que tudo aquilo que mostra o poder da mulher, a valoriza e protege é válido. “Qualquer forma de amor e de representar o carinho é bem-vinda”, disse a servidora.

Quebra de protocolo – Ainda durante a manhã de homenagens, um discurso inesperado prendeu a atenção de todos. A filha do deputado Oleno Matos, (PCdoB), Melissa Matos, 11 anos, discorreu sobre temas importantes como a proteção das mulheres por meio das leis. “Hoje existem as leis para protegê-las, mas penso que as crianças devem falar em defesa das mulheres sempre, e não devemos ter medo, pois tudo que ocorre com as mulheres adultas, pode acontecer também com crianças e adolescentes. Somos especiais”, disse a garota, que já decidiu que irá cursar Direito.

Fonte: SupCom ALERR