Apesar de ser uma tradição americana, a esperada promoção da última semana do mês de novembro, a Black Friday, já se consolidou no Brasil, embora com queixas por parte dos consumidores de que alguns produtos não entram, de fato, na promoção.
Para o professor de Direito do Centro Universitário Estácio da Amazônia, Bruno Caciano, é imprescindível que o consumidor faça um planejamento de suas finanças e também de seus desejos de compra. “Por mais atrativas que sejam as ofertas, é necessário se organizar para não complicar o seu orçamento com as promoções desta época do ano. Afinal, estamos prestes a entrar na época de quitar impostos, além do pagamento de obrigações escolares como matrícula e material – despesas que não podem ser adiadas”, ressalta.
Por conta disso, ele sugere ainda que seja feita uma lista de produtos que realmente precisa e definir um limite de gastos. Além disso, a orientação do professor é que o consumidor precisa pesquisar os preços antes de efetuar a compra. “Muitas lojas mascaram os valores para que os produtos pareçam mais baratos – aumentam na véspera e reduzem na data como se fosse uma oferta. A conduta constitui publicidade enganosa e a empresa pode sofrer as sanções legais”, observa.
Segundo ele, para evitar esses problemas, o consumidor pode consultar na internet e em lojas diferentes com, pelo menos, duas semanas de antecedência da Black Friday. “É fundamental que o consumidor pesquise o valor, as condições de venda e as especificações do bem”, completa.
Ele segue orientando ao consumidor que guarde as imagens do produto, com seu preço, informações e links, nome da empresa, data e horário de quando realizou a busca. “Assim, será possível conferir se a oferta realmente foi efetuada. Alguns websites e Procons realizam o monitoramento de preço para auxiliar os consumidores que não pesquisaram com a devida antecedência. É recomendável observar se o preço que encontrou é de fato o mais vantajoso – não se esquecendo de eventuais custos adicionais, como a taxa de frete”, orienta.
COMPRA ONLINE
Se a compra será pela internet, os cuidados devem ser redobrados. De acordo com Caciano, é fundamental pesquisar também se a empresa de fato existe, se possui endereço físico e canal de relacionamento com o cliente. “É importante, ainda, acessar o histórico de reclamações no Procon da sua cidade e no site consumidor.gov.br, do Ministério da Justiça, para atestar a reputação da loja”, sugere, completando que é ideal checar se no endereço eletrônico possui um cadeado no lado esquerdo da barra de busca. “Esse é o símbolo da internet certificando que, em regra, a loja é segura”.
Outro detalhe que pode indicar um risco, segundo o professor de Direito, é se a empresa aceita pagamento via boleto bancário. Segundo ele, essa forma, “além de não se submeter à verificação da administradora do cartão, diante de uma eventual fraude, não será possível restituir o preço pago”. “Caso você se depare com uma empresa aparentemente falsa, denuncie ao Procon”, orienta.
Por fim, ele alerta para os riscos de golpes através de promoções enviadas para os e-mails dos consumidores. “Em tempos de Black Friday, você provavelmente irá receber diversos e-mails com promoções super tentadoras. Antes de abri-los, desconfie. Você poderá ser uma vítima de um golpe”, explica.
Ele afirma que alguns fraudadores aproveitam o aumento das transações nesta época do ano para ludibriar consumidores. “Portanto, preste muita atenção ao remetente dos e-mails. Os ataques de phishing [ilícito em que os internautas são instigados a revelar dados pessoais, como senhas e informações do cartão de crédito] costumam enganar o consumidor, utilizando endereços eletrônicos inexistentes e domínios que, apesar de parecerem com o original, não possuem qualquer vínculo com a empresa da suposta oferta”, orienta.
NPJ pode tirar dúvidas de consumidores
O professor da Estácio é também o coordenador do Núcleo de Práticas Jurídicas da instituição (NPJ). Segundo ele, caso os consumidores enfrentem algum problema nesse período, os alunos do curso de Direito e seus orientadores poderão atender a comunidade de forma gratuita.
Por isso, ele informa que o NPJ funciona no campus da Estácio da Amazônia, de segunda a sexta-feira, no horário das 8h às 12h e das 14h às 18h. É necessário apenas ligar para o telefone do Núcleo e fazer o agendamento. Os acadêmicos de Direito da Estácio são acompanhados por advogados e professores do curso para fazer o atendimento ao público.
“O NPJ possui plenas condições de dirimir eventuais dúvidas que a população possa ter no momento de efetuar suas compras durante a Black Friday”, explica o professor ao informar o telefone de contato para agendamento: (95) 2121-5506.
SERVIÇO: NPJ DA ESTÁCIO
Horário: 8h às 12h e das 14h às 18h
Endereço: Rua Jornalista Humberto Silva, 308 – bairro União