Em 2020, o Instituto Federal de Roraima (IFRR) completa 27 anos de atuação no estado, contados desde 30 de junho de 1993, quando era Escola Técnica Federal. Para celebrar a data, a instituição prepara uma cerimônia virtual, na terça-feira, 30, a partir das 15 horas, aberta ao público em geral. O linkpara acesso é http://www.ifrr.edu.br/live.
Com o distanciamento social ocasionado pela pandemia do novo coronavírus, utilizar esse tipo de recurso foi a forma encontrada para integrar os professores, os técnicos administrativos e os estudantes das seis unidades da instituição. O evento será em memória de servidores, estudantes e familiares que falecerem durante a pandemia. Na programação está prevista uma apresentação musical com o professor do Campus Amajari (CAM) Lucas Lima e exibição de vídeos dos Campi Boa Vista (CBV), Novo Paraíso (CNP) e Boa Vista Zona Oeste (CBVZO).
O IFRR completa 27 anos com seus cinco campi funcionando em sede própria, considerando a inauguração, em novembro de 2019, do prédio do Campus Avançado Bonfim (CAB), único que funcionava em endereço provisório. A unidade celebra também a aquisição do seu primeiro micro-ônibus, que auxiliará no atendimento aos estudantes e às demais demandas institucionais. O veículo foi entregue em junho deste ano e viabilizado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), do Ministério da Educação (MEC).
A instituição ainda comemora o funcionamento do primeiro curso superior do Campus Boa Vista Zona Oeste (CBVZO), o de Tecnologia em Gestão Pública, expandindo as oportunidades no eixo tecnológico de Gestão e Negócios, uma vez que o campus já oferta cursos técnicos em Comércio, Serviços Públicos e Administração. Outra vitória no ensino foi a formação da primeira turma exclusivamente indígena do curso Técnico em Agropecuária do CAM, em dezembro do ano passado, composta por indígenas de várias comunidades da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol.
Na área da Ciência e Tecnologia, o IFRR, em cotitularidade com a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), realizou, em dezembro de 2019, um depósito de pedido de patente de invenção à base de nióbio. “Processo de tratamento de superfície liga de alumínio à base de nióbio resistente à corrosão ácida” é o título da invenção. Agora, a instituição conta com cinco tecnologias apresentadas à sociedade e depositadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Esses e outros marcos conquistados nas áreas da educação, ciência e tecnologia podem ser acessados nas notícias publicadas no portal institucional (https://www.ifrr.edu.br/).
ENFRENTAMENTO – Este ano, as mudanças acarretadas pela Covid-19 transformaram o cotidiano mundial, incluindo o da instituição. Trabalho remoto, atividades não presenciais e eventos virtuais tornam-se, progressivamente, rotina para a comunidade acadêmica.
Conforme explicou a reitora do IFRR, Sandra Mara Botelho, em meio aos desafios enfrentados para adequar as atividades institucionais a essa nova realidade, o instituto continua focado na sua missão. “Com a pandemia, precisamos reinventar as nossas relações interpessoais e a nossa forma de trabalho. Tivemos que nos isolar para proteger a nós e aos que amamos. Mas o trabalho precisa ser feito. Em nosso planejamento institucional, não havia a previsão de trabalho remoto. Tivemos que nos adaptar ao novo normal, com muitos desafios, mas sempre com o compromisso e a responsabilidade de uma instituição pública de qualidade e inclusiva”, lembrou.
Voltada para o enfretamento à doença, a instituição demonstra seu compromisso social com iniciativas como a produção em pequena escala de álcool em gel 70% no laboratório de química do CBVZO, envolvendo profissionais dos diversos campi do instituto e da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Além disso, o Grupo de Trabalho de Tecnologias do IFRR realiza o mapeamento no estado dos impactos da pandemia nos contextos econômico e social, com o objetivo de gerar subsídio para que os projetos de pesquisa e extensão sejam mais eficientes quanto às necessidades da comunidade.
Por meio de doação de insumos, feita por servidores do CBV, para a confecção de máscaras pelas costureiras do Movimento de Quadrilheiros, a comunidade em geral foi beneficiada com 600 máscaras, distribuídas em locais como Unidades Básicas de Saúde de Boa Vista. Além disso, ações sociais no CBV e no CNP arrecadam alimentos para a composição de cestas básicas a serem doadas aos estudantes que estejam em situação de vulnerabilidade social. Esse mesmo tipo de ação ainda foi realizada no CAM e no CBVZO – este, além de alimentos, doou máscaras.
Visando preparar a sociedade para o mundo do trabalho, de forma produtiva, com formação gratuita e de qualidade para o período pós-pandemia, a instituição ofertou, em maio deste ano, 2 mil vagas em cursos gratuitos de formação inicial e continuada (FIC), na modalidade de Educação a Distância, fruto de uma pactuação firmada com a Setec/MEC.
A fim de possibilitar um melhor desenvolvimento das ações pedagógicas, o instituto, por meio do CBV, também realizou capacitações para servidores e estudantes no Moodle, ambiente virtual de aprendizado utilizado para cursos virtuais e suporte de aulas presenciais, que possibilita, entre outros aspectos, a disponibilização de materiais didáticos, a realização de avaliações e interações entre os usuários.
Outra ação institucional tem sido a promoção de eventos virtuais como o Clube do Livro do CAM, as lives e os encontros via Google Meet que buscam aproximar as pessoas em meio ao distanciamento social e debater assuntos relacionados à saúde física, emocional e mental. Entre os temas abordados pelaslives realizadas pela Diretoria de Gestão de Pessoas estão “Saúde mental em tempos de distanciamento social”, “Home Office: estou trabalhando mais? Como otimizar meu tempo?” e “Hábitos Saudáveis: fortalecendo a imunidade e a saúde física e mental”.
A instituição continua com as atividades administrativas de modo remoto e com as atividades presenciais de ensino, extensão e pesquisa suspensas (com exceção das atividades dos editais de iniciação científica do CNPq, do Pibic e do Pibiti). Contudo, no fim de maio, após atividades de planejamento e pesquisas de viabilidade, o Comitê de Crise para o Enfrentamento ao Coronavírus do IFRR autorizou a realização de atividades não presenciais nos Campi Boa Vista, Boa Vista Zona Oeste, Avançado Bonfim e Novo Paraíso.
Desse modo, o instituto vem, gradativamente, desenvolvendo essas atividades não presenciais, sempre levando em consideração as especificidades de cada campus. Nesse primeiro momento, são ofertados, em cada turma, dois componentes curriculares de forma não presencial. Apenas o CAM, por decisão do colegiado de docentes e gestores, manteve a suspensão do calendário acadêmico. A decisão foi embasada em pesquisa sobre acesso dos estudantes do campus às tecnologias de informação e comunicação, a qual também considerou aspectos relacionados ao perfil e à condição socioeconômica desse público, formado, inclusive, por estudantes que residem em comunidades indígenas.
IFRR – É uma instituição de educação superior de ciência e tecnologia, básica, profissional e pluricurricular constituída pela Reitoria e pelos Campi Boa Vista, Novo Paraíso, Amajari, Boa Vista Zona Oeste e Avançado Bonfim. Atualmente, conta com um quadro de 627 servidores efetivos, divididos entre as seis unidades.
Iniciou seu funcionamento no estado, em 30 de junho de 1993, como Escola Técnica Federal. Em 2002, credenciou-se como Centro Federal de Educação Tecnológica, passando à denominação de Centro Federal de Educação Tecnológica de Roraima (Cefet-RR), e, no ano 2008, com a sanção da Lei 11.892, que instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, a população roraimense pôde acompanhar a criação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR).
Ascom/Reitoria
Laura Veras
