Cinco crianças de Abrigo Infantil vão para lares definitivos

Você já deve ter ouvido falar de crianças que moram em abrigos, mas pouco sabe das motivações. De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), o acolhimento no abrigo tem caráter provisório e visa o retorno da criança à família de origem. Quando se esgotam todas as possibilidades de a criança retornar aos pais, outros parentes são acionados. Foi o que aconteceu com cinco crianças do Abrigo Infantil Condomínio Pedra Pintado, nesta terça-feira, 12.

Em um dos casos, uma criança de 8 anos que estava no abrigo por sofrer maus tratos, viver em situação de vulnerabilidade social e, a mãe e o padrasto serem usuários de drogas, está tendo a oportunidade de viver em um novo lar. É que o Abrigo Infantil, em parceria com Conselho Tutelar de Manaus (Amazonas), conseguiu localizar um parente do garoto, uma tia, por parte de mãe, e uma bisavó. O Juizado da Infância e Juventude de Boa Vista acatou o pedido do abrigo e a equipe técnica de Manaus se prontificou em buscar a criança para entregá-la aos familiares.

A segunda história envolve quatro irmãos, dois meninos e duas meninas, com cinco, quatro e três anos de idade e um bebê de nove meses. Eles também chegaram ao abrigo no mês de abril. Viviam em situação de maus tratos, mãe, padrasto e pai em situação de drogadição. Nesse caso, o Conselho Tutelar do Piauí foi acionado, uma vez que a avó paterna foi localizada no estado.

“Um criterioso trabalho técnico foi feito, com estudo de caso, relatório, uma vez que feito contato com a avó, ela manifestou o interesse em ficar com as quatro crianças, o que nos deixou muito felizes porque a prioridade era mantê-los juntos e com vínculo afetivo”, disse a gerente do Abrigo Infantil, Ivanilde Teixeira.

Ela explicou ainda que o procedimento mais comum é enviar a equipe técnica do Abrigo Infantil para fazer o estudo de caso nos estados em que os familiares são localizados e manifestam a vontade de ficar com as crianças. “Geralmente uma assistente social e uma psicóloga do abrigo vão até os estados onde o parente é localizado. A partir daí, é elaborado um relatório. Constatando que essa família tem condições de ficar com a criança é feito todo o tramite legal junto ao juizado e a equipe retorna para entregá-la”, contou.

A parceria com os Conselhos Tutelares de outros estados facilita todo processo, o trabalho em conjunto reforça a parceria, reduz os custos e garante um final feliz a histórias como essas. “Os Conselhos Tutelares da região nos deram todo suporte necessário. O processo de estudo do primeiro caso foi feito por uma equipe técnica do Amazonas. Apenas no caso das crianças que seguiram para o Piauí foi necessário que a prefeitura custeasse as despesas com as passagens das crianças e da equipe técnica que às acompanhou até o destino final”, garantiu a gerente.

O Abrigo Infantil Pedra Pintada faz um trabalho intenso e já conseguiu localizar parentes, fazer estudo e entregar crianças em vários estados brasileiros, dentre eles: Maranhão, Pará, Rondônia, Acre e ainda em vários municípios de Boa Vista, para garantir que o ECA seja cumprido e, as crianças permaneçam no abrigo o menor tempo possível e possam encontrar um lar definitivo, que seja seguro e acolhedor, garantindo sempre a proteção e o bem estar.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação (SEMUC)