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Comunidade Indígena no Uiramutã produz 14 tipos de feijão

Jaulão, Preto, Branco, Carioquinha, Manteiguinha, Paquinha, Coruja, Mulatinho, Enxofre e mais cinco espécies de feijões são produzidos na Comunidade Indígena do Flexal, no município de Uiramutã, a 319 quilômetros de Boa Vista, ao Norte de Roraima. O Feijão Flexal está a venda ao preço de R$ 10,00 na sede da Sodiur (Sociedade de Defesa dos Índios Unidos de Roraima), na rua Angelin, nº 577, no bairro Caimbé, zona Oeste.

A produção conta com a força dos braços de mais de 50 pais de famílias que fazem da produção do Feijão Flexal o sustento dos seus lares. São os próprios índios, da etnia Macuxi, que preparam a terra com a inchada, limpam o terreno, plantam, colhem e embalam. Este ano a colheita rendeu cinco toneladas do produto. A área utilizada chega a 10 hectares.

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A marca Feijão Flexal é registrada nos órgãos competentes. Há alguns anos os grãos começaram a chegar para comercialização na capital. O presidente da Sodiur, Altevir de Souza, fala com entusiasmo sobre o resultado do plantio: outras comunidades aderiram à iniciativa e, mesmo com recursos limitados, utilizam outras terras para plantar, colher e vender. “Fui tuxaua por oito anos na Comunidade do Flexal e mesmo com a minha saída de lá, a produção continuou. O que falta é apoio”, comenta Souza. Com a ajuda necessária para implantação de irrigação e maquinário – acredita, haveria a possibilidade de aumento na produção do feijão e garantia do produto o ano inteiro. “O povo se une e vai pra roça, vai pro arado, na inchada e vão preparando a terra e vão produzindo”, e ele até brinca: “ah, se tivesse irrigação, era do inverno ao verão”.

Hoje, há fardos do feijão Flexal para venda. Segundo ele, devido à falta de confiança dos empresários locais, pouco se encontra em supermercados o produto. “Vendemos até mais barato do que os comprados de fora”, diz ele que garante a qualidade e sabor do produto.  “A terra lá é tão boa que nem precisa adubar”, conclui.

Por Yasmin Guedes