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Crianças desenvolvem projeto para valorização e preservação dos buritizais

Todo ano os alunos da escola municipal Palmira de Castro Machado, localizada no bairro Araceli, têm uma missão: desenvolver projetos de cunho ambiental e sustentável para a Feira de Ciências que acontece ao final do primeiro semestre. Este ano, os alunos da professora Wellen Barroso da Silva, do 3° ano, tiveram uma experiência diferente para desenvolver a atividade, apesar de que o alvo do projeto trata-se de uma árvore comum na paisagem de Roraima: as palmeiras de buriti.

A tarefa da turma, formada por crianças de idade entre 8 e 9 anos era pesquisar sobre os buritizais e sua importância para a cidade e o estado de Roraima, como fonte de alimento, abrigo e renda para comunidades onde as palmeiras nascem. Como forma de divulgar o resultado da pesquisa dos alunos, eles ajudaram a fabricar produtos que tinham como matéria-prima os talos e palhas dos buritizais.  “Além de fazer um trabalho de conscientização junto aos alunos, nós produzimos alguns produtos como pipas, cestos, abanos e vassoura, utilizando a palha do buriti, além do fruto que fizemos dindim para vender durante a Feira de Ciências”, lembra.

O grupo de alunos fez visitações aos locais próximos à escola onde ainda existem palmeiras de buriti. “A nossa escola é cercada por buritizais. Portanto, nós visitamos esses lugares, conhecemos a realidade de como se encontram as palmeiras símbolos do estado de Roraima”, lembra Wellen, professora da turma.

Ela conta que durante o desenvolvimento do projeto os alunos constataram, por exemplo, que à medida que a cidade cresce as palmeiras vão sumindo por conta da construção de casas, asfalto e toda estrutura necessária para habitação, o que não permite a preservação da árvore. “Os alunos perceberam também que em alguns lugares a planta corre risco com a poluição dos igarapés próximo aos buritizais”, ressalta.

Por isso, a continuidade do projeto este semestre é no sentido de levar aos parlamentares municipais uma proposta de discussão em torno da aprovação de uma lei que proíba a derrubada e ocupações próximas aos buritizais. “Queremos saber quais ações o poder público tem feito para preservar o buriti e se não tiver nenhuma proposta, queremos apresentar na Câmara sugestões de leis semelhantes as que já existem em Minas Gerais e Pará”, explica.

Outra etapa do projeto será ainda no sentido de estudar a utilização do fruto do buriti para produção de óleos, além de sabonetes e demais cosméticos. “Vamos estudar e realizar os procedimentos necessários para a retirada da essência do buriti para fazer o óleo e sabonete. Além de desenvolver outras peças de artesanatos com a utilização das fibras do buriti”, afirma.