De volta à sua terra natal há quatro anos, a design de joias roraimense, Elka Luana Almeida, está investindo na conquista de público por meio da divulgação de seu trabalho na internet. As redes sociais têm sido a maior vitrine da profissional, além das participações em feiras que ocorrem com frequência na cidade.
Segundo ela, o momento é de conquistar o público até porque as consumidoras locais ainda não possuem o costume de usar biojoias e semijoias artesanais como acessórios. “A preferência daqui ainda é por peças industrializadas do que pelas artesanais. Mas estou investindo para que as mulheres conheçam o meu trabalho que é feito com pedras semipreciosas, como cristais swarovski, e até pedras de alto porte [por encomenda]. Tenho várias linhas de preços e vários tipos de material”, observa.
A produção da design é feita em dois ateliês. Um deles é na própria casa, onde reservou um espaço estrategicamente para a montagem dos anéis, cordões, pulseiras e brincos. É também nesse espaço que montou uma mini vitrine de parte dos produtos e onde armazena a matéria-prima. Já o segundo local fica na casa da mãe. Lá, Elka faz toda a parte de ourivesaria e o trabalho com chapas de bronze e de cobre.
“Sou especialista em aramado. Então nesse ateliê eu faço todo o processo com o arame de cobre e bronze, que leva calor para ser moldado, passa por líquidos, depois polimentos e, por fim, o folheamento a ouro ou prata”, explica.
Além do Instagram e Facebook, a design é participante assídua das feiras que acontecem pela cidade, seja na Orla Taumanam, na praça do Mirandinha ou no Ville Garden, na avenida Ville Roy. Ela conta que houve a necessidade, de uns tempos para cá, de estar fisicamente, além das vendas pela internet. “Precisava estar mais palpável para as pessoas. Agora com as feiras têm sido possível me encontrar. Já tem gente que entra no instagram para saber onde eu estarei naquele final de semana”, comemora.
Ela lembra que a paixão pelo artesanato, especificamente, em biojoias e semijoias artesanais, começou há mais de 15 anos, quando ainda morava na Venezuela. Depois de fazer um curso a convite de uma amiga, nunca parou. “Tem muito material na Venezuela e muitos cursos. Comecei a vender, virei ouriver, então fiz todos os cursos. Quando a situação da Venezuela ficou insustentável, voltei para Roraima, mas nunca perdi o laço com o estado”, conta.
Esse contato constante com Roraima foi o que lhe proporcionou participação na Feira Internacional da Amazônia (Fiam) em 2015, quando vendeu diversas biojoias para Paris. De volta ao estado, ela também tem o desejo de repassar esse conhecimento para outras pessoas. “Já tentei dar cursos, mas não consegui montar uma turma. Mas continuo com esse desejo porque a produção de semijoias é deliciosa de fazer e extremamente relaxante. Em países como Colômbia, Chile e na Europa tem muita mulher fazendo porque é uma prática rentável, e estou disposta a ensinar tudo que eu sei”, ressalta.
A artista é praticamente completa. Elka conta que é responsável não só pela produção das semijoias, como também por todo o trabalho necessário para divulgação na internet. Para as fotos, ela montou uma cabine de fotografia para melhorar as imagens e é também a responsável pela logomarca e artes para propaganda.
Para conhecer o trabalho da artesã, a conta no Instagram é @elkadesign e o mesmo nome para o Facebook. Se preferir falar pelo whatsapp, o telefone é (95) 98129-6876.