Educação e Cultura como os pilares para uma sociedade desenvolvida. Esse foi o mote do debate promovido pelo Festival Música na Estrada, na manhã dessa quinta-feira, 13, com jornalistas, educadores, músicos, estudantes e formadores de opinião. O evento aconteceu em um hotel no centro da cidade e antecede o festival que deve ter início nesta sexta-feira, 14,
Fernando Ramos, coordenador geral do projeto Música na Estrada, explicou que o Festival tem uma vertente cultural muito forte através de sua programação artística, mas a sua essência é educacional. “Nós temos uma gama de professores registrados de várias partes do país e esses professores se instalam na cidade por onde a gente passa para que eles promovam uma troca de experiências e uma transferência de conhecimento para os estudantes de música e de outras artes, de dança, que vivem nessas cidades”, comentou. Ele disse perceber que a vida cultural nas capitais amazônidas acontece de forma muito isolada e as distâncias são enormes. “É um território maior que a Europa e isso dificulta muito a troca. Nós estamos num momento de crise, inclusive, o projeto tenta, de alguma forma, viabilizar os encontros e circunstâncias normais não acontecem porque cada um tá olhando para si tentando resolver a sua vida. Então, a gente promove o movimento contrário, com intercâmbio, transferência de conhecimento, trocas de experiências e isso é muito importante para região. É uma forma de a gente tentar contribuir com o desenvolvimento cultural e educacional”, destacou.
O projeto inicia por Roraima, segundo Fernando Ramos, até mesmo pela receptividade da edição anterior, em 2015. “Isso nos motivou de fazer essa aposta, de vir pra cá pra fazer a estreia nacional do projeto”, ressaltou.
A partir das 20 horas, desta sexta-feira, no CAF (Centro Amazônico de Fronteiras) da Universidade Federal de Roraima, a população poderá assistir a Orquestra de Violões do Amazonas em um show exclusivo e gratuito. Depois, no sábado, 15, no teatro do SESC (Serviço Social do Comércio), às 20h, haverá uma homenagem a Roberto Carlos, feita pela Focus Companhia de Dança, do Rio de Janeiro. No domingo, dia 16, às 19h, acontece o encerramento do Festival com a Orquestra Experimental da Amazonas, com os principais musicistas da Amazonas Filarmônica, que é uma das principais orquestras do país.
Ele destacou a participação da Estácio como patrocinadora nacional do festival. “Temos uma vertente forte na área educacional, a Estácio é uma instituição de ensino e, por isso, foi um casamento muito feliz que aconteceu aqui e é uma instituição que a gente agradece muito pelo apoio, inclusive graças a Estácio, o projeto conseguiu viabilizar, subir um degrau na programação. O projeto é totalmente gratuito, ou seja, ele acontece através da viabilização dos patrocinadores, o principal deles que está com a gente há seis anos é o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), temos a Caixa Seguradora que está a dois anos conosco e a Estácio. Cada vez mais o projeto cresce e espero que a Estácio possa estar junto nos próximos anos”, disse.
Também a reitora do Centro Universitário Estácio da Amazônia, Brena Linhares, que participou como debatedora do evento, disse que grande missão da instituição é “Educar para Transformar”. “A gente precisa transformar essa sociedade e a cultura é um grande passo”, frisou. Ela lembrou que a região Norte possui uma diversidade grande de movimentos culturais e salientou que a Estácio não poderia deixar de contribuir com um evento do porte do Festival Música na Estrada. “É uma parceria excelente, a Estácio foi pelo caminho certo, fomos pelo caminho certo em está trabalhando essa parte cultural com a academia, com o mercado e, principalmente, aqui em Boa Vista”, concluiu.