Ronaldo Mota*
1. Como as escolas vêm lidando com as tecnologias digitais nos dias de hoje?
As tecnologias digitais invadiram a secular instituição escola de fora para dentro, sem que as escolas tivessem o devido tempo para se preparar. Assim, em consequência, os desafios são enormes.
Caminhamos a passos largos para um mundo de educação permanente ao longo da vida e onde a informação está, cada vez mais, totalmente acessível, instantaneamente disponibilizada e basicamente gratuita. De alguma forma, todos seremos estudantes para sempre e a informação em si o mais barato e vulgar dos produtos ou serviços.
Uma das mais relevantes consequências da preponderância das tecnologias digitais é que, do ponto de vista metodológico, observamos uma mudança progressiva de foco em direção a privilegiar as chamadas competências metacognitivas, incluindo as habilidades transdisciplinares e socioemocionais. Entre as características metacognitivas, destaco, a título de ilustração, aprendizagem independente, solução de problemas complexos, perseverança, resiliência, autocontrole emocional e cumprimento simultâneo de multitarefas em equipe. Tais predicados são especialmente relevantes em missões envolvendo pensamento crítico, capacidade analítica, uso do método científico, comunicação, colaboração, criatividade, empreendedorismo, empatia, cordialidade, respeito e gestão da informação e de emoções.
2. E isso é fácil de ser adaptado em escolas particulares. Mas, e as escolas públicas? Como podem ser adaptadas?
Sobre a questão mais relevante a ser enfrentada, creio que tanto faz a escola ser pública ou privada. Tão ou mais relevante do que aquilo que foi aprendido (associado genericamente à cognição ou ao aprender simples) é o amadurecimento da consciência, por parte do educando, acerca dos mecanismos segundo os quais ele aprende (metacognição ou o sofisticado aprender a aprender). Tais estratégias educacionais passam por enfatizar elementos motivacionais, incluindo atenção especial a trabalhos colaborativos (capacidade de produzir em equipe) e em aspectos interdisciplinares (habilidade de estabelecer conexões entre diversas áreas do saber), acrescidos de relevância de comportamentos como tolerância e compaixão (empatia aplicada, isto é, entender o outro por se colocar na posição do outro e agir em função disso). São também relevantes os estímulos à visão empreendedora (criativa conjugada com exequibilidade e sustentabilidade) e o especial domínio de linguagens e de plataformas digitais
3. E esse modelo de escola do futuro que vem surgindo e ganhando espaço no Brasil?
A escola do futuro deve dar respostas hoje para temas que estão presentes desde ontem e continuam sem respostas satisfatórias. Educar tem se tornado mais complexo porque abarca o imprescindível conteúdo acadêmico, mas introduz, adicionalmente,
novas exigências e perspectivas. Atitudes, comportamentos e posturas são elementos transversais presentes nos processos de aprendizagem de praticamente todas as áreas do conhecimento e em todas as suas fases.
No passado recente, a formação de um profissional estava bastante centrada na aquisição de um conjunto razoavelmente bem delimitado de conteúdos previamente estabelecidos, somado a uma série conhecida de técnicas e procedimentos. Essa formação era considerada razoavelmente suficiente para atender as demandas previsíveis de um modelo de desenvolvimento econômico predominante no século XX. Na perspectiva Fordista/Taylorista, tal profissional findava atendendo ao mercado, gerando cidadãos minimamente satisfeitos. Não mais. O mundo mudou rapidamente, os principais desafios contemporâneos apresentam ingredientes basicamente imprevisíveis.
Aprender a aprender passa a ser tão ou mais relevante do que simplesmente aprender. Mais relevante do que o conteúdo aprendido é a percepção acerca de como se aprende. Em um mundo de educação permanente ao longo da vida, a formação metacognitiva se constitui em um diferencial significativo na capacidade dos futuros profissionais de enfrentar os problemas que lhes serão apresentados pela sociedade contemporânea.
4. Mesmo com toda essa tecnologia, os jovens ainda enfrentam graves problemas em redes sociais, como erros de português e falta de entendimento de textos. Como as redes sociais podem se tornar aliadas na educação?
As tecnologias digitais, suponhamos, podem ser o veneno. E, de fato, às vezes, são mesmo. Mas é do próprio veneno que se produz o antídoto a ele, assim como se faz com cobras peçonhentas. Há que se explorar metodologias inovadoras, acompanhadas das novas tecnologias, que contribuam para que nossos jovens e crianças leiam mais, escrevam mais e melhor, bem como sejam capazes de entender – e bem – textos complexos. Entendo que explorar a metacognição vai além dos procedimentos usuais de transmissão simples do conhecimento, privilegiando a curadoria precisa e eficiente do conteúdo digital a ser disponibilizado e a adoção de abordagens emancipadoras, especialmente aquelas baseadas em aprendizagem independente.
Cabe ao educador ampliar as competências e habilidades que habilitam o educando a enfrentar, sem medo, as imprevisíveis novas realidades. Preparar os docentes para explorar essas especiais capacidades é um dos maiores desafios da educação contemporânea e ainda estamos aprendendo a formar adequadamente tais professores. O drama é que temos pouco tempo e estamos atrasados. Esse educador é imprescindível imediatamente para a geração de profissionais e cidadãos aptos a colaborarem com uma sociedade mais justa e harmônica, com desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável.
5. Portugal é um país que vem se destacando na educação e um dos métodos utilizados é a memorização. O senhor é a favor desse método?
Portugal tem enfrentado bem seus problemas, dentro de sua realidade e acho fundamental que conheçamos profundamente suas soluções preliminares. No entanto, isso não quer dizer copiá-los acriticamente, tampouco desconhecer as diferenças, incluindo que a escolaridade dos pais em Portugal é superior à escolaridade média dos pais brasileiros.
Mais do o esforço da memorização, creio que a realidade brasileira sugere particularmente estimular a criatividade, a capacidade de enfrentar problemas e o desenvolvimento de resiliência. A maioria das metodologias educacionais, envolvendo os respectivos procedimentos e abordagens, tem tradicionalmente adotado como objetivo central evitar os tropeços dos alunos. Fundamentalmente, o ensino tradicional, ao informar, o faz para que o educando acerte e evite, a qualquer custo, os erros. De forma resumida, ter sucesso, normalmente, quer dizer não levar tombos, sabendo responder as questões corretamente e completando positivamente e no menor tempo possível os desafios apresentados.
A título de exemplo, num teste padrão de múltipla escolha interessa, em geral, somente a resposta certa, sendo que, usualmente, as respostas erradas nada mais são do que respostas erradas. A educação contemporânea, no contexto dos usos adequados das tecnologias digitais, diverge frontalmente de tal postura. Atualmente, tendemos a aproveitar tanto a resposta certa, valorizando o aprendido, como a resposta errada, como elemento que ilumina os caminhos de superação das deficiências. Os erros, potencialmente, podem dizer mais sobre o educando do que o acerto eventual.
Os modelos padrão e suas práticas usuais de ensino têm sobrevivido porque níveis razoáveis de sucesso puderam ser observados no passado, gerando a expectativa de que, provendo informações com competência e evitando os tropeços, teríamos solução educacional também para o presente e, eventualmente, até mesmo para o futuro. Nada mais ingênuo. Os velhos tempos, onde razoáveis eficiências e eficácias educacionais foram observadas, se caracterizam, principalmente, pela previsibilidade do mundo do trabalho, por demandas profissionais bem estabelecidas e futuros próximos razoavelmente conhecidos. Os novos tempos apresentam mudanças profundas, implicando em desafios inéditos, onde o ensino tradicional, tal como o praticamos, dá mostras claras de incapacidade de decifrá-los ou resolvê-los.
Entre as rápidas mudanças em curso está aquela que torna progressivamente a informação o produto mais disponível e o mais barato da atualidade. O surgimento de uma sociedade em que a informação está totalmente acessível, instantaneamente disponibilizada e gratuitamente adquirível traz consequências educacionais ainda não assimiladas e, por vezes, sequer percebidas. As ênfases e os focos demandam imediatas mudanças, em especial deslocando o centro do processo de aprendizagem baseado no simples saber, enquanto ser informado, em direção ao complexo saber resolver, baseado na informação assumida como completamente disponível, instantânea e gratuita.
Mais do que o simples acesso à informação, gerir corretamente o conhecimento disponível, trabalhar em equipe e assim decifrar e resolver os problemas passam a ser atitudes fundamentais, tanto no mundo profissional como no dia-a-dia. O ensino segmentado e com terminalidades definitivas dá lugar à educação permanente ao longo da vida, onde o aprender a aprender é mais relevante do que o aprender em si. Mais importante do que aquilo que foi aprendido é ampliar a consciência e o domínio acerca dos mecanismos associados a como se aprende.
Assim, os novos tempos impõem uma realidade em que é mais importante focar no processo de aprendizagem e nos procedimentos de superação, após o erro, do que a obsessão simples por, a partir das informações adquiridas, tentar nunca tropeçar. Não há nenhuma garantia de que aqueles que nunca tropeçaram saberão levantar, caso errem. Mas há fortes indicadores de que aqueles que aprenderam a aprender terão todas as condições de enfrentar os tombos. Muito mais importante que a ênfase na memória e evitar tropeços, portanto, é aprender a levantar.
6. Por onde começar para o Brasil ter uma educação pública de qualidade?
Educação e o contexto social onde ela se realiza não são coisas estanques e totalmente separáveis. Nossa carga cultural traz marcas bem descritas em obras consolidadas. Entre elas, destaco “Casa Grande & Senzala” de Gilberto Freire. Neste e em outros estudos, são enfatizados, de um lado, uma elite acostumada às benesses e aos privilégios, que justificam e estimulam o paternalismo e a acomodação, e, de outro, os demais, em geral submetidos à exclusão e à opressão, que desfavorecem a emancipação e as iniciativas empreendedoras. A tradição histórica que se reflete nas relações, seja nas ruas ou no trabalho, infelizmente, também repercute nas salas de aula, via pedagogias que prioritariamente estimulam a aprendizagem marcadamente dependente e distante da emancipação.
Ou seja, em outras palavras, o Brasil tem que perceber algo simples e que parecemos querer, ingenuamente, enganar a nós mesmos. Somos um dos países de maior contraste social do planeta e pagamos um preço muito alto por isso. Entre eles, a notável incapacidade de termos um desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável. Isso decorre principalmente de termos uma produtividade muito baixa, a qual é consequência da baixa escolaridade (anos de estudo) e da má qualidade dos anos estudados. Os da camada de cima, que são poucos e têm tudo, apresentam poucos motivos para se aprimorarem e se desafiarem adequadamente e se tornam, intelectualmente, preguiçosos, com as devidas exceções (que contribuem para confirmar a regra). Os da camada de baixo, que são muitos e têm muito pouco, mesmo que se por ventura talentosos, têm baixíssimas chances de progredir. Assim, uma sociedade de Casa Grande de um lado e a Senzala de outro raramente é competitiva, produtiva e sustentável. Assim, embora educação seja uma ferramenta indispensável para a solução do problema, definitivamente, ela não é a raiz isolada do problema.
7. Hoje mudou muito o perfil de uma instituição de educação superior com o avanço dos cursos a distância. É o futuro?
Mais do que a educação a distância, a qual é somente uma modalidade disponível, creio que as ferramentas advindas do uso intenso e adequado das tecnologias digitais deverão alterar a face da educação superior.
Destaco, entre outras novidades, a analítica da aprendizagem (em inglês, learning analytics), a qual diz respeito à abordagem baseada na coleta e análise sistemática de dados sobre os educandos e seus contextos, tendo em vista o entendimento e a otimização do processo de aprendizagem e do ambiente no qual ele ocorre. Analítica da aprendizagem está associado ao desenvolvimento de ações e estratégias educacionais implementadas com o suporte de modelos, simulações e padrões estatísticos. Tal processo viabiliza conferir a eficiência e eficácia de metodologias educacionais, conhecer mais sobre todos os atores envolvidos e aprimorar de forma inteligente e substantiva a prática pedagógica.
Coletar e analisar dados, como elemento de suporte para tomada de decisões, é o que nós fazemos todos os dias, mesmo que de forma natural e inconsciente. A novidade é que no mundo digital são gerados dados em níveis sem precedentes e, consequentemente, podemos dispor atualmente de estratégias inovadoras, assentadas na capacidade de predições inéditas, decorrentes do uso sistemático, sofisticado e inteligente de estatísticas de grandes massas de dados. Esta realidade é amplificada no mundo educacional atual pelo uso crescente de ambientes virtuais de aprendizagem,
tanto na modalidade presencial como a distância. A plataforma virtual, a qual permite a utilização de diversas mídias e demais recursos para apresentar as informações associadas à aprendizagem, é o mesmo ambiente que viabiliza coletar automaticamente dados e analisar o desempenho dos alunos, tanto coletivamente como individualmente.
A mais relevante característica da estratégia baseada na analítica da aprendizagem é que pela primeira vez quebramos o paradigma de que o aumento da quantidade é necessariamente associado ao rebaixamento de qualidade. Pelo contrário, ela permite conjugar escala e qualidade, de tal forma que quanto maior a quantidade de dados as análises geradas tendem a ser mais confiáveis, colaborando ainda mais no conhecimento e na avaliação das ações educacionais em curso e no incremento do potencial das iniciativas futuras.
Atualmente, é possível conceber que todos os educandos podem aprender e todos aprendem o tempo todo, porém, cada educando aprende de maneira única e personalizada. Para tanto, educação contemporânea significa construir um ensino híbrido, flexível e customizado. A partir dos comportamentos dos estudantes, individualmente ou coletivamente, seja nas atitudes frente a desafios propostos ou via respostas, certas ou igualmente úteis erradas, às questões formuladas, é possível, por meio do desenvolvimento de algoritmos especiais, saber muito sobre cada educando. Isso inclui conhecer suas principais características, expectativas, lacunas, predicados etc. De posse da máxima percepção global sobre o aluno e frente a cada situação educacional específica, podem os educadores e educandos, apoiados por plataformas inteligentes, escolher de uma multiplicidade de trilhas educacionais a mais adaptada. Não menos importante, ao longo do processo, o aluno se permite conhecer melhor a si mesmo, ampliando seu nível de consciência acerca dos mecanismos e contextos nos quais ele otimiza seu aprendizado.
Com a abordagem baseada em analítica da aprendizagem passamos a dispor de uma ferramenta adicional indispensável aos educadores contemporâneos. Portanto, torna-se possível ampliar significativamente a capacidade de aprender a aprender, o que é absolutamente imprescindível em um contexto de educação permanente ao longo da vida. Fruto do uso adequado de novas tecnologias, em conjunto com a adoção de metodologias educacionais inovadoras, temos, pela primeira vez, a real oportunidade de propiciar educação de qualidade para todos.
8. A escola do futuro defende que futuramente vários cursos superiores desaparecerão e haverá uma mudança mais para cursos profissionalizantes. Como o senhor imagina isso?
Creio que, ao contrário, no futuro as escolas, da creche à pós-graduação, se dedicarão cada vez mais a ensinar a aprender a aprender. As aplicações em si (profissionalizantes) serão processos adaptativos associados a missões específicas e poderão, a depender do caso, ser aprendidos no próprio ambiente de trabalho sem maiores problemas. Portanto, no processo educacional, adicionalmente aos conteúdos a serem abordados, em complemento às técnicas e procedimentos que um futuro profissional ou cidadão devem dominar, há outros elementos, tão ou mais relevantes, que demandam estar presentes. Entre eles, a aprendizagem independente é essencial e não exclui o professor; ao contrário, o inclui via a adoção de metodologias que estimulem processos emancipatórios na aprendizagem.
A notícia positiva é que o mundo das tecnologias digitais favorece a missão de estimular processos emancipatórios e mantém grande coerência com as metodologias
ativas que se baseiam em aprendizagem independente, mediadas tanto pelo educador como pelos ambientes virtuais. Via as interfaces educacionais inteligentes e os recursos e ferramentas atualmente disponíveis, é plenamente possível traçar trajetórias educacionais personalizadas que levam em conta cada indivíduo, bem como fortalecer aspectos culturais e demais especificidades regionais e locais.
Temos a oportunidade inédita de conjugar escala e qualidade, contrariando as práticas anteriores, caracterizadas por qualidade para poucos ou, alternativamente, má qualidade sempre que estendida aos demais (todos). Contemporaneamente, ao contrário, podemos afirmar que só haverá qualidade se tivermos variadas referências para acesso, fruto de adotarmos tecnologias e metodologias que sejam aplicáveis para muitos. Hoje, seja na educação, na saúde ou em demais setores, inovar no Brasil é ousar propiciar qualidade para todos.
Os níveis extremos de compatibilidade e de pertinência das organizações educacionais, incluindo as metodologias e os modelos de gestão escolares adotados, fizeram delas das mais bem-sucedidas e respeitadas instituições do mundo moderno. Especialmente no século XX, seu ápice. A escola, no sentido amplo, contribuiu significativamente para grandes avanços em termos de ampliação do acesso a serviços e a produtos de qualidade. Foi dentro dos seus muros que foram gerados os conhecimentos que resultaram no aumento da expectativa de vida e, principalmente, produziram as condições para a grande revolução decorrente das tecnologias digitais, as quais estão a transformar, num processo ainda em curso, o mundo contemporâneo.
A escola tem cumprido várias funções, entre elas, a de ser o espaço de transmissão de conhecimento, formando cidadãos que dominam certos conteúdos e profissionais habilitados a determinadas técnicas e procedimentos específicos. Nesta concepção, os níveis escolares refletem etapas formativas com diferentes graus de profundidades e os respectivos diplomas e certificados atestam os conhecimentos adquiridos e as respectivas competências e habilidades associadas a cada uma das áreas do saber.
Todas as instituições e setores contemporâneos estão sendo e serão profundamente afetados pelas tecnologias digitais, em especial a escola, dado que a marca dos novos tempos é a emergência de uma sociedade na qual a informação está plenamente disponível, imediatamente acessível e essencialmente gratuita. Assim, as instituições educacionais, por sua relação orgânica com a informação e o conhecimento, demandam ser especialmente reconceptualizadas. Neste século XXI, mais do que no século anterior, elas devem ser repensadas à luz de um cenário onde mais relevante do o que foi aprendido é aprimorar a capacidade de aprender a aprender. Informação, em si, passa a ser o mais disponível e vulgar dos produtos.
Aprendemos, a partir de agora, dentro e fora da escola, a qualquer tempo e por qualquer meio e o fazemos, principalmente, como meio de ampliar nossa consciência acerca dos mecanismos segundo os quais ampliamos nossa capacidade de aprender a aprender. A escola que marcava suas etapas pelos diplomas e certificados, atestando os conhecimentos adquiridos, nas formas de conteúdos, técnicas e procedimentos, dá espaço a um novo conceito onde as etapas correspondentes, da creche ao pós-doutorado, se caracterizam essencialmente pelos níveis diversos da capacidade de aprender continuamente em um mundo de educação permanente ao longo da vida.
Há uma essência perene nas funções da escola e do professor, mas certamente ela não está em seus prédios ou nos modelos de gestão, tampouco nas atuais metodologias e abordagens educacionais. Enfim, é rica e bela a história da escola, uma instituição que hoje, promissoramente, se prepara para se reconfigurar plenamente visando a atender as demandas do futuro. Futuro que começou na semana passada.
* Reitor da Universidade Estácio de Sá