Sete alunos do curso de Tecnologia em Agronegócios do Centro Universitário Estácio da Amazônia criaram uma empresa experimental em sala de aula e lançaram o Sabão Aleluia, produzido a base de óleo de cozinha.
Daniel Marques, Erico Alves, Joel Quintão, Lourindo Freitas, Luziane Batista, Márcio Fonseca e Nidson Alves, desenvolveram um projeto que detalha o processo de produção do sabão aleluia desde a pesquisa de mercado, passando pelas estratégias de comercialização até chegar aos cálculos dos custos variáveis e fixos, e ainda o fluxo de caixa. Além do processo de comunicação, utilizando principalmente as redes sociais como Facebook e o Instagram e o aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp. A ideia do grupo é se tornar referência como alternativa de produto de limpeza com foco na sustentabilidade e qualidade de vida das pessoas.
A professora Marcela Liege, coordenadora do curso de Agronegócios, explica que o produto foi exposto durante uma feira de profissões realizada pela instituição de ensino também com a participação de alunos de Engenharia, Gestão Ambiental, Recursos Humanos e Serviço Social. Participaram em torno de 250 alunos. De Agronegócios foram sete empresas experimentais. “Foram empresas de venda de produtos como salgadinhos no copo, escondidinho de carne de sol, bolo no pote, petiscos de amendoim, cachorro quente e sabão de óleo. Eles trabalharam o semestre inteiro, na disciplina de Empreendedorismo e finalizam a disciplina vendendo os produtos”, disse.
No decorrer do semestre os alunos criam as empresas, escolhem os produtos, constroem a ficha técnica do produto e comercializam. “É ótimo para os alunos e para o curso. Tem muito aluno que continua com a empresa mesmo depois da disciplina. Além de incentivar o aluno ao empreendedorismo”, apontou.
E essa é a intenção dos criadores do Sabão Aleluia, continuar a produzir e comercializar o produto. Luziane Batista disse que em uma semana foram produzidos 50 quilos do “sabão que faz milagre”, slogan escolhido em sala de aula. “Aprendemos a fazer com uma receita na Internet. Antes de começar as vendas fizemos um teste e os professores avaliaram para depois ir pra venda. A parte da produção foi mais difícil, além do trabalho em equipe que também foi um complicador”, analisou.
O produto foi comercializado nos locais de trabalho dos membros do grupo e no próprio Centro Universitário ao preço de R$10 reais por um quilo ou R$2,50 para barras de 200 gramas. “As vendas deram certo. Pode se tornar um bom negócio”, comentou ela ao adiantar que os alunos vislumbram a possibilidade de comercialização em feiras e pequenos comércios.
Luziane explica que todo o óleo utilizado para a produção do sabão foi doado, e que, por isso, o próximo passo para manter o negócio seria estudar uma estratégia de parceria para a captação da matéria prima. “É uma forma de manter o ambiente limpo já que é um resíduo (óleo) que polui. Evita desperdício de jogar em pias e ralos”, comentou
Sobre a experiência que surgiu em sala de aula e promete ultrapassar os muros da academia. “Os professores dão a base, o início, como eles mesmo dizem. A disciplina serviu para despertar o interesse para ter o próprio negócio”, concluiu Luziane.