Equipe do Campus Boa Vista da IFRR é a melhor do Norte na fase regional da Olimpíada Nacional de História do Brasil

A 9.ª Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB 2017) está se encerrando, e o Campus Boa Vista do Instituto Federal de Roraima (CBV-IFRR) foi classificado para a fase final como a melhor instituição de ensino da Região Norte na categoria escola pública e a melhor do estado. Agora, os alunos que compõem as três equipes classificadas, bem como a professora responsável pela competição no CBV, irão focar os estudos para ter um bom desempenho nessa última fase, que será realizada em Campinas, nos dias 19 e 20 de agosto, e trazer mais medalhas para Roraima.

Foram classificadas as equipes “Coqueiro que dá coco” (1.ª colocada no Estado de Roraima), “É aqui o curso de miçangas?” (1.ª equipe de escola pública da Região Norte) e “Plutão já foi planeta”.

Para os estudantes, a sensação é de euforia e conquista. Já para os professores e gestores da instituição, o sentimento é de satisfação e orgulho pelo brilhante resultado. “Acredito que a Olimpíada de História transforma cada um dos participantes, alunos e professores. Faz-nos olhar para nosso país por outra perspectiva, desafia-nos a ir além dos nossos limites, sejam físicos, sejam emocionais, sejam intelectuais, porque são cinco semanas de intensas atividades, o que é bem difícil! Mas, no final, saímos mais fortes do que entramos, entende?, em diversos aspectos, pois a prova ajuda não só na formação dos alunos, mas também na formação continuada dos professores, uma vez que são abordados temas que a gente também não sabe e vai precisar aprender durante a realização da olimpíada”, comentou a professora Rafaella da Silva Pereira.

André Brito, aluno do 4.° ano do curso Técnico em Informática integrado ao ensino médio, é integrante da equipe “Coqueiro que dá coco”. Ele diz que a ONHB proporciona o desenvolvimento do pensamento crítico dos estudantes, favorecendo não só a formação como alunos, mas também como cidadãos. “Aprender história nos concede uma visão crítica, seja na área da saúde, da educação, da economia, da política, pois, além de promover a consciência crítica, instrumentaliza o cidadão a lutar por seus direitos, questionando as desigualdades e as injustiças sociais no contexto social”, justificou o estudante, que incentiva outros alunos a participar da olimpíada. “A experiência na ONHB só tem a acrescentar à vida dos participantes, pois, durante as cinco fases desafiadoras, a olimpíada nos instiga a buscar e aprender mais sobre a História do Brasil”, finalizou o aluno.

Assim como André, a aluna Ester Areia, também do 4.° ano do curso Técnico em Informática integrado ao ensino médio, destaca que a participação na ONHB incentiva os alunos a pensar e debater sobre os acontecimentos históricos do País, tornando-os críticos, mais politizados e menos propícios a ser influenciados. “Quando participamos da ONHB, passamos a enxergar a sociedade de outra perspectiva. Percebemos que a História não é unilateral; há sempre outros pontos de vista sobre determinado assunto. Isso nos torna mais abertos a aceitar a opinião daqueles que estão ao nosso redor. Portanto, participar dessa olimpíada mudou minha visão de mundo. Aprendi a olhar os outros lados da História e me tornei, de certa maneira, mais humana. Seria excelente se outros alunos também pudessem experimentar os aprendizados que a ONHB oferece”, enfatizou a segunda integrante da equipe “Coqueiro que dá coco”.

Provas – A ONHB consiste em uma avaliação formativa, ou seja, é uma prova que exige muito além dos conhecimentos prévios. Os alunos têm de realizar diversas pesquisas sobre diferentes épocas e temas sobre a História do Brasil. A prova também privilegia temas ligados à cidadania, ao respeito à diversidade, aos direitos humanos, à justiça e à igualdade. Portanto, trabalha a disciplina de História em sua totalidade, e de

maneira contextualizada, levando os alunos à reflexão, procurando fugir dos moldes tradicionais do vestibular e do Enem, para levar os discentes a uma reflexão profunda sobre a História e a atualidade do Brasil.

Sobre a preparação para a participação na competição, Rafaella diz que o trabalho é feito de forma contínua ao longo do ano letivo. “Buscamos estimular os alunos à reflexão e à pesquisa. E, durante a competição, fazemos aulas de orientação e grupos de discussão em redes sociais. Além disso, neste ano estamos buscando a parceria com os professores de Língua Portuguesa visando à preparação para a fase final, que é uma prova discursiva”, disse a professora orientadora.

Para a diretora-geral do CBV, professora Joseane Cortez, as Olimpíadas de História representam um ícone na caminhada do CBV-IFRR como projeto incentivado pelos professores de História. “Desde a época da professora Eli Macuxi até os dias atuais, com os professores Rafaella e Wemerson, que vêm envolvendo os estudantes do ensino técnico integrado ao médio, temos obtido resultados brilhantes. “Além de garantir a integração dos estudantes no cenário nacional, a olimpíada desenvolve o que eles têm de melhor, que é o espírito de equipe, a criatividade e a autonomia diante dos desafios. A conquista deste ano é sem dúvida fruto de um esforço coletivo de professores e estudantes, que, ao longo deste semestre, foram disciplinados e aguerridos nos objetivos traçados. Estamos certos de que a vitória já aconteceu e que a etapa nacional representa o ápice desse trabalho. Todos eles já representam um orgulho enorme para o IFRR!”, comemorou Joseane.

Anos anteriores – O IFRR já vinha tendo uma excelente participação, em anos anteriores, com a professora Elisangela Martins, a Eli Macuxi, chegando a conquistar medalhas de bronze e prata. A professora Eli saiu da instituição e a professora Rafaella assumiu os trabalhos de coordenação dos alunos na ONHB, garantindo também resultados expressivos.

“Em minha primeira participação no evento, na 6.ª edição, fomos finalistas, mas só ganhamos medalha de cristal – honra ao mérito. Na edição seguinte, a 7.ª, ganhei várias medalhas de cristal e três de bronze. Já na 8.ª edição, em 2016, ficamos com a única medalha de prata da Região Norte. E, neste ano, na 9.ª edição, conquistamos a classificação como os melhores do estado e como a melhor escola pública da região. Esses resultados demonstram uma evolução da participação do IFRR na competição”, completou a professora orientadora, acrescentando que, no ano de 2016 e também agora, em 2017, o IFRR teve outras equipes inscritas orientadas pelo professor Wemerson Antonio Soares, que também evoluíram na competição, mas não chegaram a ser finalistas.

Fonte: Ascom IFRR