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Escola precisa ser acolhedora e os pais pacientes no retorno à sala de aula, afirma especialista

As crianças passaram quase um ano fora do convívio escolar. As escolas particulares estão aos poucos retomando o convívio presencial com os alunos e a Prefeitura se prepara para receber a criançada a partir de maio. Mas depois de tanto tempo sem ir à escola, é possível que as crianças tenham algum desconforto, estresse e ansiedade com essa nova rotina.

Para a pedagoga Débora Kelly Soares, esse é um momento em que todos os envolvidos nesse processo de adaptação precisam ficar atentos aos cuidados sobre como receber os alunos na escola. Segundo ela, a ansiedade é grande para todos, seja para quem vai pela primeira vez para a sala de aula, ou para quem interrompeu esse convívio. “Então é normal a criança apresentar, sim, um grau de ansiedade e para as crianças mais pequenas, pode ter algum choro”, adianta. Para ela, o momento é de empatia e acolhimento e buscar uma relação amigável e sem cobranças exageradas.

“Muitas famílias tiveram perdas, sejam elas financeiras ou de entes familiares. Então, uma vez no ambiente escolar, deve-se ter cuidado ao abordar assuntos que remetem à pandemia. A escola deve proporcionar um ambiente seguro e confortável”, sugere.

Por outro lado, a pedagoga afirma que “os pais também devem se mostrar participativos e pacientes”. “Tentar entender o ritmo da criança. Sabemos que ficar um ano fora da escola teve sim seu lado negativo. Então, o aluno vai retornar cheio de ‘vícios’ para o ambiente escolar”, explica.

Outra orientação para os pais é quanto aos ensinamentos aos filhos sobre as medidas de prevenção contra a transmissão da Covid-19. “No geral, as crianças de 5 e 6 anos conseguem seguir as orientações. Mas sempre será difícil, independente do momento, porque o ambiente escolar é muito heterogêneo. Cada criança tem um tempo e uma demanda de entendimento diferente. E arriscado sempre vai ser! Mas acredito que seja preciso esse momento, pois assim saberemos o que podemos fazer para o ensino presencial acontecer de forma segura”, avalia.

E, para ela, o desafio maior da escola será no sentido de orientar as crianças a manter esse alerta enquanto estão na escola. “Creio que o mais importante agora, se tratando de escola (sala de aula), seja aprender a conviver com as limitações que a pandemia nos trouxe. Aprender a conviver em um ambiente já conhecido pelos alunos, mas que ao mesmo tempo se torna novo, com o tanto de ‘protocolos’ que todos devem seguir para nos manter seguros”, completa.

Por essa razão, o ambiente escolar deverá oferecer segurança tanto aos alunos como para os profissionais que atuam em todos os setores. “Somos humanos, temos medo e insegurança. Creio que os professores devem atuar com paciência, tentando focar no que é possível ser feito no momento”, afirma.