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Escolas indígenas e rurais recebem capacitação para aprimorar as aulas de Educação Física

Quando se trata de Educação Infantil, inovar é preciso. É por isso, que a Coordenação de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação se deslocou nesta terça-feira, 17, para a Escola Indígena Martins Pereira da Silva, na Comunidade do Morcego, para levar novas propostas e dinamismo para as aulas de Educação Física, ministradas nas áreas rurais e indígenas. A intenção é deixar as atividades o mais próximo do que é feito nas escolas urbanas.

Quem se divertiu com as aulas foi a criançada da Martins Pereira. Além dela, professores de outras unidades foram convidados a receberam esta primeira etapa de formação. Entre elas, a escola Vovô Jandico da Silva, da Comunidade Serra da Moça, Francisca Gomes da Silva, da Serra do Truarú e Vicente André, do Truarú da Cabeceira. As professoras responsáveis pela recreação nestas escolas são as mesmas que ministram as aulas de língua materna.

Por não serem profissionais de Educação Física, elas receberam os conhecimentos técnicos para inovarem com os alunos nas aulas recreativas. Para o coordenador de Educação Física da Smec, Admilson Nascimento, eles tiveram na capacitação um momento de formação e aprendizagem para que conheçam um pouco da área de Educação Física para melhor executarem as atividades de recreação com os alunos.

“Todas as escolas rurais e indígenas receberam material esportivo. Mas a nossa preocupação, enquanto coordenação, é saber como estes professores conseguem transmitir esses conhecimentos. O foco é fazer com que essa recreação não seja solta, seja uma atividade dirigida e organizada dentro de seu plano de aula. Trouxemos para eles uma apostila de sugestões onde há inúmeras atividades e sugestões de materiais que eles possam utilizar na aplicação das aulas”, ressaltou.

Para a professora da Escola Indígena Vovô Jandico, Cristiele Lima, a oficina veio aprimorar ainda mais o que já é feito com os 25 alunos da unidade. “Estes conhecimentos são válidos e vamos adaptar nas nossas aulas. A maioria das atividades de educação física e recreação na minha escola fazem uma associação para a Língua Materna wapichana, que é para facilitar o aprendizado das crianças nas duas disciplinas. Essa oficina, sem dúvidas, vai nos ajudar nesse processo de aperfeiçoamento”, disse.

A apostila entregue para os professores contém três eixos a serem trabalhados, são eles: Jogos Pré-desportivos, Cooperativos e Competitivos e Jogos Populares Brasileiros. O Pré-desportivo é aquele em que o professor aplica as atividades que envolvam os fundamentos do esporte usando criatividade. A criança não entende a técnica, ele brinca e quando chega ao segmento seguinte ele percebe que aqueles jogos pré-desportivos que ele vivenciou fazem parte dos fundamentos do voleibol, basquetebol, handebol que ele fez brincando e lá na frente vai fazer de uma forma técnica.

Os jogos cooperativos são aqueles em que o grupo todo se mobiliza para chegar a um objetivo comum. Os competitivos vêm àquela questão do adversário, em que há dois times em que uma tenta sobrepor o outro na técnica e rapidez dentro brincadeira. Já os jogos populares brasileiros são aquelas brincadeiras de rua que está sendo resgatado na rede municipal, como a amarelinha, cabo de guerra, queimada. Foram brincadeiras do cotidiano de muitas crianças antigamente e que hoje as escolas municipais têm como conteúdo nas aulas de educação física.

Na sexta-feira, 19, a Coordenação dará seguimento à segunda etapa da capacitação. Desta vez será na Escola Ko’ko Ermelinda Raposo da Silva na comunidade do Campo Alegre, e envolverá todos os professores de Língua Materna das comunidades do baixo São Marcos.

Escolas Rurais e Indígenas

A rede municipal atende hoje uma demanda de 1.164 alunos nas 12 escolas indígenas e nas quatro escolas do campo. O Ensino estruturado é realidade nestes locais, que recebem toda formação necessária para que praticamente os mesmos conteúdos utilizados nas escolas urbanas também sejam seguidos nas escolas rurais. Esse trabalho de acompanhamento é feito pela Coordenação Indígena e do Campo da secretaria.

“Oferecemos todo o suporte pedagógico, com formação e monitoramento das salas de aulas. Como a prefeitura trabalha com o Saber Igual nós trouxemos para cá, a mesma forma de se trabalhar, porém deixamos a critério do professor a forma que ele vai ensinar os seus alunos. Cada comunidade tem a sua língua materna, dependendo da escola, os alunos estudam além dos conteúdos normais, as línguas wapichana ou a macuxi”, ressaltou Kátia Ciane, monitora pedagógica da Coordenação.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação (SEMUC)