Especialista aponta benefícios da fisioterapia para crianças com síndrome de down

Um olhar atento para o desenvolvimento motor de crianças com Síndrome de Down pode contribuir significativamente para sua qualidade de vida. Neste 21 de março, data reconhecida pela ONU para defender a inclusão e bem-estar de pessoas com essa condição, a professora de Fisioterapia do Centro Universitário Estácio da Amazônia, Thatiana Santos, que atua há 14 anos com crianças especiais, afirma que a fisioterapia deve ser iniciada com crianças síndrome de down ainda bebês.
Ela explica que crianças com síndrome de down podem fazer a maioria das atividades que as demais, como andar, falar, brincar ou andar de bicicleta. No entanto, todas essas habilidades acontecem de forma tardia. “Por isso a importância da estimulação”, completa.
Ainda de acordo com a professora, as crianças down possuem o tônus diminuído, é menos ativo que os demais e por essa razão a fisioterapia tem a finalidade de ajustar a idade motora com a cronológica. “Esse ajuste é feito através de técnicas específicas de estimulação e dos sentidos, onde há inúmeros benefícios para a qualidade de vida desse paciente”, explica.
As técnicas, continua a professora, vão combater a hipotonia, que é a força muscular diminuída; contribuindo para o desenvolvimento motor do bebê seja para ajudar a criança a segurar a cabeça e o equilíbrio do tronco, ajudar a rolar, sentar, engatinhar, ficar em pé e andar. “Ou seja, melhorar o equilíbrio, sempre respeitando o tempo de cada paciente”, completa.
Sobre a idade ideal, ela explica que o quanto antes melhor e que normalmente os pais já iniciam o tratamento a partir dos três meses até cinco anos de idade. “As sessões são realizadas duas ou três vezes por semana. Tudo vai depender da idade que a pessoa chega na fisioterapia”, observa. 
Para definir quais técnicas da fisioterapia serão adotadas a cada criança, a professora esclarece que o profissional faz um levantamento e anamnese com o responsável da criança. “E o dado mais importante a fim de traçar a conduta necessária para o paciente, que estará focado nas falhas da evolução neuropsicomotora, nos achados da avaliação, nas queixas da família e do próprio paciente”, explica.
E observa: “A participação dos pais e familiares nessa fisioterapia é fundamental tanto no sentido da troca com fisioterapeuta, os pais poderão explicar melhor o contexto em que a criança vive, bem como relatar os seus desenvolvimentos, como ele faz para garantir a continuidade dessa terapia em casa, no dia a dia, incluindo a criança numa rotina diária”.