Promover debates sobre fortalecimento e importância dos movimentos sociais em Roraima e contribuir com a geração de renda de imigrantes indígenas venezuelanos são os objetivos do evento “Movimentos Sociais Organização Necessária: Povos Indígenas”, realizado nesta terça-feira, 24, a partir das 19h, no auditório do Centro Universitário Estácio da Amazônia. O evento é aberto ao público e contará com apresentações culturais e uma mesa redonda a respeito do movimento indígena no Estado.
Em sua terceira edição, o evento, que tem como foco os movimentos sociais, foi idealizado pelo curso de Serviço Social da Estácio. A coordenadora do curso, Sandra Ferro, diz que a intenção é promover a discussão anualmente e sempre com temáticas diferentes. “Esse evento foi idealizado no ano de 2016, na disciplina que lecionava de seminário em Serviço Social. Na primeira versão foi discutida a questão de gênero enquanto movimento social; o segundo teve como tema movimento negro e agora movimento indígena. Como surgiu da disciplina que trata sobre movimentos sociais, ele vem sendo organizado com ajuda dos alunos do curso de Serviço Social que cursam a matéria de seminário em Serviço Social, sob minha orientação que sou professora da disciplina”, informou.
De acordo com Sandra, como o Estado vem passando por uma questão humanitária com a imigração venezuelana e indígena, a temática veio a ter relevância e importância social para a comunidade científica. “Atualmente, o evento passou a ser inserido como parte das ações da instituição pela proposta ser de interesse comum aos demais cursos do centro Universitário Estácio da Amazônia. Desta forma, vem contando com a participação das demais coordenações, em especial a de Extensão e da Pró-Reitoria de Graduação”, contou.
O evento terá a presença dos indígenas imigrantes venezuelanos que farão abertura do evento e exposição de seu artesanato. Contará também com a participação do Marcos Braga, que abordará a importância do fortalecimento dos movimentos sociais e de representantes do movimento indígena OMIR (Organização das Mulheres Indígenas de Roraima) e a jornalista Mayra Wapichana, da etnia Wapichana, falando sobre a integração indígena na comunicação.
Segundo a coordenadora, a expectativa de público é alta, já que, além de acadêmicos da Estácio, também estarão participando alunos do programa de mestrado em Segurança Pública da Universidade Estadual de Roraima (UERR). “Este é um momento importante para o Centro Universitário que contribuirá com geração de renda para os imigrantes com a venda de seu artesanato e ao mesmo tempo compartilhar e fortalecer conhecimento sobre a organização social enquanto movimento indígena”, declarou Sandra.