Em comemoração ao mês alusivo ao Autismo, o Centro Universitário Estácio da Amazônia realizou ontem, terça-feira (18), um encontro de profissionais de diversas áreas de atuação, discutindo sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista).
Participaram do encontro, a acadêmica de Nutrição e mãe de uma criança autista, Bruna Jacubovski, que conversou fonoaudiólogo, psicólogos infantil, profissionais da advocacia, nutricionistas, fisioterapeutas e representante do Centro de Acolhimento ao Autista da Assembleia Legislativa (Teamarr).
Para Bruna, a iniciativa, como da primeira vez, foi enriquecedora, acolhedora e necessária. “Não só para as famílias de crianças atípicas, mas também para os próprios alunos e colegas que estão no espectro autista. São encontros assim que ajudam com a prevenção e inclusão. Na minha fala, por exemplo, enfatizei sobre a questão do respeito e da humanização que a gente precisa ter para tratar com essas pessoas, não só com a pessoa PCD, ou em qualquer outra condição, e também com a família”, ressalta.
A acadêmica, que se forma no final do ano, reforçou que o encontro no mês de abril já se consolidou na Estácio, mas acredita que em outros momentos do ano ele pode ser abordado, inclusive, com a participação dos alunos com TEA. “Pode até dar voz aos acadêmicos que estejam no espectro, bem como capacitações na área”, observa.
Outra convidada foi a psicóloga infantil, Patrícia Sales de Assis, que destacou a necessidade de bate-papos sobre o tema, até mesmo para estimular os alunos a se dedicarem ao estudo do autismo, cada um em suas áreas específicas. Segundo ela, atualmente já é possível enxergar um quadro de profissionais especializados cada dia maior, no entanto, ainda é insuficiente.
“Atualmente, no nosso estado já encontramos serviço completo em diversas clínicas privadas locais, mas é necessário expandir isso para a rede pública, para que famílias carentes consigam o direito de um tratamento adequado e com evidências científicas. E mesmo tendo clínicas privadas, oferecendo serviço completo, a quantidade de profissionais ainda não supre essa demanda”, explicou.
De acordo com a psicóloga, atualmente uma a cada 36 pessoas é autista. Por essa razão, ela entende que “disseminar informações, ensinando os caminhos para diversos profissionais sobre o atendimento adequado às pessoas com TEA, é plantar uma semente em seus corações, a entenderem que, além de necessário, um tratamento com evidências científicas é preciso ser humanizado”.
Para ela, são nesses encontros que podem despertar o interesse pela área e dessa forma se aprimorar no assunto. “Mas aqui pode se dar o direcionamento aos futuros profissionais em saber por onde deve começar, e quando iniciar. Não precisa saber tudo sobre o autismo, mas precisa estar disposto a aprender cada dia mais sobre essa temática, se capacitando, participando de atendimentos supervisionados, e buscando orientações para disseminar informações também no futuro. As famílias agradecem”, completa.
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