Um projeto de extensão universitária encampado por professores e acadêmicos do Centro Universitário Estácio da Amazônia vai promover uma série de ações de sustentabilidade e responsabilidade social na Serra do Tepequém, região do município de Amajari, a 210 quilômetros da capital.
As atividades do projeto Estácio Reciclando tiveram início na última semana com uma reunião entre gestores da instituição de ensino superior, gestores do Município de Amajari, associação de moradores daquela localidade e representantes da comunidade.
O professor Carlos Varela, um dos idealizadores da ação, explica que estudantes de vários cursos como Recursos Humanos, Administração, Agronegócios e Gestão Ambiental, além de Design Gráfico e Publicidade e Propaganda, devem participar do projeto, desenvolvendo atividades de conscientização, como coleta seletiva de lixo, por exemplo. Na primeira semana de maio, um grupo de alunos, sob a supervisão de professores, vai subir a serra para distribuir panfletos de conscientização direcionados a moradores e turistas. “Vamos ensinar tanto quem mora naquela localidade quanto quem frequenta, a forma correta de coleta do lixo. Uma vez ao mês, a Cooperativa de Catadores de Boa Vista vai até lá para coletar o lixo reciclável, como latinhas, caixinhas de leite, devidamente higienizadas no ecoponto instalado no local. O turista e o morador já vão saber qual o local utilizado, que estará bem sinalizado”, adiantou. As associações de catadores são a Global, Terra Viva e Unirenda.
Ele esclarece que o projeto terá várias etapas até alcançar o objetivo final que é desenvolver nos acadêmicos os três pilares da sustentabilidade (social, econômico e ambiental) na região do Tepequém, por meio de aulas de campo que aliam a teoria com a prática. O projeto prevê a realização de palestras sobre sustentabilidade, coleta de lixo na comunidade e cachoeiras, aplicação de pesquisas, instalação de placas de sinalização e do Ecoponto, onde será feita a coleta do lixo. “Eles vão demonstrar no ambiente o conteúdo aprendido em sala de aula, vão criar consciência para o desenvolvimento sustentável do turismo como empreendedorismo, desenvolver técnicas de atendimento ao público, estudar o mercado identificando pontos fortes e francos, descobrir novas oportunidades e ameaças, analisar as iniciativas de políticas públicas voltadas à promoção do desenvolvimento sustentável, entre outros”, informou.
Carlos Varela reforça que “as aulas práticas podem ajudar no desenvolvimento de conceitos científicos, permitir que os alunos aprendam como abordar objetivamente o seu mundo e como desenvolver soluções para problemas complexos”. “Quando compreende um conteúdo trabalhado em sala de aula, o aluno amplia sua reflexão sobre os fenômenos que acontecem à sua volta e isso pode gerar, consequentemente, discussões durante as aulas fazendo com que os alunos, além de exporem suas ideias, aprendam a respeitar as opiniões de seus colegas de sala”, finalizou.