Estudantes da Estácio organizam ‘abraços grátis’ e ‘blitze amarelas’

‘A vida vale a pena!’. É com esse tema que os alunos do curso de Enfermagem do Centro Universitário Estácio da Amazônia vão iniciar as atividades em alusão ao Setembro Amarelo, mês dedicado ao combate ao suicídio.

Marcada para o dia 19 de setembro, a primeira ação acontecerá no espaço de convivência da Estácio e terá, dentre diversas dinâmicas, a distribuição de ‘Abraços Grátis’. A prática contará com a participação dos acadêmicos do 7º período. Os estudantes farão ainda a distribuição aos colegas de laços amarelos, frases motivacionais, além de proporcionar um espaço para discussão e escuta qualificada, apresentação de vídeos e depoimentos.

Nos dias 26 e 27 se setembro, a iniciativa deixa as dependências da Unidade para chamar a atenção da comunidade sobre o Setembro Amarelo. Nos semáforos de alguns dos principais pontos de movimentação da cidade, os alunos realizarão, nos horários de alto fluxo de veículos, blitze com faixas e distribuição de laços amarelos. O objetivo é orientar sobre a importância de se falar sobre o suicídio, além de informar quais são os locais em Boa Vista onde é possível encontrar ajuda.

Para a professora da disciplina de Ensino Clínico em saúde mental da Estácio, Ellen Martins Bertelli, vivências como essas são fundamentais para os acadêmicos de Enfermagem, uma vez que passam a ter um contato direto com prováveis pacientes e com pessoas que estão vivendo o sofrimento mental. “Vale muito a pena. É uma experiência bastante proveitosa e muito valorizada pelos alunos. E, como docentes, conseguimos nos sentir gratos por isso. A gente consegue ver os estudantes se desenvolvendo e melhorando suas habilidades, consegue identificar a criação dessa abordagem, esse relacionamento com os outros que é tão importante para a enfermagem, pois é a base do nosso trabalho, é a base do cuidado”, ressalta.

E essa vivência, ainda segundo a professora, é fundamental, principalmente no contexto atual, quando a literatura científica tem apontado o crescimento no número de jovens com transtornos mentais, depressão, ansiedade e distúrbios alimentares. “Eles vão fazer contato direto com outros universitários como eles. E, às vezes, quando abordamos esse tema na disciplina, percebemos que os próprios alunos acabam identificando quem está passando por momentos de dificuldades como esse”, observa.

Além disso, a professora destaca que ao promover uma prática como essa, a instituição trabalha o tripé da universidade: Ensino, Pesquisa e Extensão, fornecendo um serviço para a comunidade externa e interna, que incluem professores, colaboradores e acadêmicos do Centro. Por fim, ela afirma que outras habilidades também são desenvolvidas com a proposta, desde o planejamento à execução dos trabalhos. “Quando a gente propõe uma ação como essa, nós damos uma ideia e o objetivo. Mas são os estudantes que elaboram essas atividades. Portanto, eles conseguem fazer a distribuição de tarefas, fazem levantamento de orçamento, de custos, conseguem desenvolver o espírito de liderança e o trabalho em grupo”, destaca.