Face To Fake do lavrado

Virou moda. Com o advindo das redes sociais o mercado profissional e pessoal ganhou impulso, e desde a vida mais simplória, a mais badalada ganhou evidência. Infelizmente, nem tudo são flores, e no meio desse universo cibernético tão auspicioso, surgiram os piratas da Internet, que se aproveitam da amplitude desse “novo mundo” para cometer seus crimes. Batizamos esse artigo de “Face To Fake” exatamente em alusão a uma operação realizada pela Polícia Federal no Mato Grosso do Sul, deflagrada no ano passado, depois de receber diversas denuncias do uso de perfis falsos em redes sociais, os chamados Fakes, que protagonizaram uma verdadeira guerra de baixarias na campanha de 2014 naquele estado.

Aqui, desde meados de 2012, em meio a uma campanha eleitoral municipal, Roraima começou a conhecer essa triste realidade, que se asseverou terrivelmente no pleito passado.

Não é demais reforçar o que sempre estamos repercutindo na nossa Coluna Social no jornal Folha de Boa Vista: Inventar e propagar histórias sujas e mentirosas sobre adversários políticos, ao contrário do que se possa imaginar, prejudica mais a imagem dos suspeitos de usar tal prática do que os alvos dessas investidas. É que um cidadão de bem, formador de opinião e com personalidade definida, não vai se deixar influenciar por textos apócrifos espalhados por mensagens e redes socais. Fica feio mesmo para os possíveis autores da baixaria.

Quem passa esses textos apócrifos adiantes é tão criminoso quanto quem escreve e posta pela primeira vez. Quem age assim está sujeito a ser condenado por calúnia, que tem pena de seis meses a dois anos; falsa identidade, que tem pena de três anos e multa; difamação, com pena de três meses a um ano, além da multa; e, injuria que tem pena de três ano e multa. E tudo isso por qual motivo? Apenas pelo “prazer” de se sentir julgado de alguém que muitas vezes nem se conhece.

Esse jogo baixo tem sido ainda mais acentuado no meio político. Agora, por exemplo, mesmo sem que a campanha eleitoral tenha iniciado, já tiveram início ataques gratuitos entre grupos políticos, geralmente, seus “assessores” se municiam de fuxicos e querelas para atingir adversários políticos dos seus chefes.

Mas o resultado de todo essa sujeita virtual, na sua maioria, tem efeito contrário, fugindo a qualquer regra de marketing, e acaba se tornando positivo para o ofendido, que se torna a vítima de, dessa forma, ganha ainda mais popularidade e o apoio dos eleitores.

Diante disso, os verdadeiros protagonistas da nossa política, deveriam parar, refletir e considerar a possibilidade de repensar suas estratégias, já que o mundo moderno já não tolera o estilo do historiador Nicolau Maquiavel que pregava que “os fins justificam os meios”.

Shirley Rodrigues é jornalista, autora de artigos e livros de Comunicação Social