Como forma de divulgar o resultado da capacitação sobre Mentoria em Plano de Negócios para imigrantes refugiadas da Venezuela, uma feira de exposição será realizada, nesta quinta-feira (5), no Senac São Francisco, a partir das 18h30. Ao todo, 20 mulheres imigrantes venezuelanas vão expor desde comida típica brasileira e venezuelana, além de artesanatos, acessórios femininos, artigos de decoração e até roupas para pets.
O curso de mentoria foi realizado através de uma parceria entre o Senac Roraima e a ONU Mulheres. De acordo com a instrutora de Gestão do Senac, Scheila Carneiro, a capacitação surgiu a partir da necessidade de melhorias aos negócios já existentes e desempenhados por essas mulheres. “O foco do programa é no sentido de investir no empreendedorismo como forma de se buscar a auto sustentabilidade dessas mulheres imigrantes, para que possam ter no Brasil uma fonte de renda que garanta a sobrevivência delas e de suas famílias”, destaca.
Ela explica ainda que o perfil das imigrantes venezuelanas que chegam em Roraima acaba dificultando o acesso a um trabalho porque a grande maioria vem com filhos ou a mãe e desacompanhadas de marido, irmãos ou namorado. “Então, esse programa é muito direcionado a dar essa assistência a essas mulheres que migram sozinhas para cá, que vêm para tentar se recolocar no mercado de trabalho, tentar escrever uma nova história, devido a toda essa situação política e econômica da Venezuela. Portanto, se já possuem um talento, um direcionamento de negócio podem ser capacitadas para promover o seu próprio sustento”, avalia.
O CURSO
Na programação do curso, foram apresentadas todas as questões que envolvem o plano de negócios, com orientações sobre estudo de mercado, marketing de vendas, o estudo de mercado para a aceitação dos produtos delas. Além disso, se discutiu a ideia do marketing direcionado para marca, logotipo, identidade visual e posicionamento de mercado. “Por fim desenvolvemos o plano de cada uma por completo. E a ideia era essa mesma: expandir a visão delas, enquanto empreendedoras, para que possam se fixar aqui no nosso estado, gerando sua própria renda por meio do empreendedorismo e, claro, para que possam ter negócios muito mais rentável do que elas tinham antes do projeto”, observa.
Ela lembra que outro ponto abordado no curso foi a orientação voltada para o registro formal desses negócios. A saída oferecida pelo Senac e ONU Mulheres foi estimular o registro de cada negócio como Micro Empreendedor Individual (MEI). “Destacamos os benefícios que o MEI permite, a partir da existência de um CNPJ, ou seja, elas deixaram de ser informais e passarem para formalidade”, ressalta.
A instrutora lembra que a ONU Mulheres quando propôs a parceria ao Senac buscou uma instituição que tivesse reconhecimento nacional, uma vez que a intenção é capacitar as imigrantes e que elas possam ter condições de utilizar essa certificação em qualquer lugar dentro do território brasileiro.