O Campus Amajari do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima discute, nesta quarta-feira, dia 3, às 15 horas, o projeto-piloto para implantação da sua primeira cooperativa-escola. Participam da reunião professores e alunos do campus, além de técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Secretaria Estadual de Agricultura (Seapa).
Os alunos do 3.º ano de Agropecuária, que cursam a disciplina Cooperativismo, vão participar ativamente do processo junto com o professor Diego Coelho. Depois de fundada, a cooperativa-escola vai gerir a parte agrícola do CAM, que hoje dispõe de vários ambientes didáticos, como horticultura, cultura do milho, da melancia, da abóbora; criação de aves caipiras, de ovinos, e piscicultura.
De acordo com o diretor do Departamento Técnico, Rafael Fiusa de Morais, a ideia, neste primeiro momento, é discutir os aspectos de funcionamento de uma cooperativa com quem tem experiência no assunto e fazer essa ideia sair do papel. “O intuito de trazer as duas instituições é que a Seapa tem muita experiência em cooperativismo e pode ajudar nesse processo, e a Embrapa tem experiência na área tecnológica e pode apoiar na parte da produção”, disse.
Com vários ambientes didáticos, hoje toda a produção do Campus Amajari é doada. Fiusa diz que, com a cooperativa, além de fornecer elementos práticos da disciplina, a produção decorrente do processo de ensino e aprendizagem seria comercializada e o dinheiro revestido para as atividades do campus.
O professor de Cooperativismo Diego Coelho afirma que a ideia inicial seria de, a cada semestre, os cargos de gestão serem ocupados por alunos da própria disciplina, sob a orientação do professor. Além disso, a prática poderia ajudá-los a pensar em se organizar em grupos para vender a produção de suas comunidades.
Conforme ele, o Amajari não tem feira e, antes mesmo de se falar em cooperativa-escola, já vinha discutindo a implantação, na sede do município, do projeto “Sacola Verde”, que contempla a produção e a comercialização de hortaliças, legumes, fitoterápicos e mudas. “A ideia de se organizarem para vender o que é produzido nas suas comunidades também é uma forma de contribuir para o desenvolvimento local”, afirmou.